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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Palma (Opuntia ficus-indica)



A Opuntia ficus-indica (L.) Miller, espécie da família das cactáceas, gênero  Opuntia, é também conhecida como figueira-da-índia, nopal, nopalera, higuera-de-indias, higuera-depala, tuna, figueira-da-barbaria, figuera-de-mor e indiapico, natural da América, provavelmente do México; é cultivada na América tropical e subtropical e nos países mediterrâneos (Ramadan & Mörsel, 2003, Manica, 2002).
  


No Brasil, a  Opuntia sp. foi introduzida pelos portugueses, no período colonial, em meados do século XVIII, com o objetivo de desenvolver a criação de cochonilha para obter um pigmento carmin, muito utilizado nas indústrias de roupas, cosméticos, pinturas, medicamentos e alimentos. Diante do insucesso deste objetivo, a partir de 1900 esta planta passou a ser utilizada como forragem.  
Palma com cochonilhas

Cochonilhas 

Das várias espécies introduzidas, apenas três apresentaram ótima adaptação: a palma graúda ou grande (Opuntia sp.); a palma miúda (Nopalea cochenillifera, Salm-Dyck) e a palma redonda (Opuntia sp.) (Sobreira Filho, 1992).

Palma Miúda

Palma redonda

Atualmente, a área plantada, cerca de 500.000 Ha., na Região Nordeste e estados de Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, é destinada precipuamente à obtenção de forragem para alimentar os rebanhos no período de estiagem.  Seu cultivo para a produção de frutos é ainda emergente no país, concentrando-se em São Paulo, na região de Valinhos, e, de forma incipiente, nos estados de Pernambuco e Paraíba. Do total produzido em São Paulo, apenas uma pequena parte é destinada ao mercado interno, enquanto a maior parcela é exportada para a Europa e Estados Unidos, onde existe o hábito de consumo deste fruto, considerado exótico (Souza, 2005; García & Valdez, 2003; Glass, 2005).
Características: Cacto suculento, ramificado, de porte arbustivo, com altura entre 1,5 e 3 m, ramos clorofilados achatados, de coloração verde-acinzentada, mais compridos (30 - 60 cm) do que largos (6 - 15 cm), variando de densamente espinhosos até desprovidos de espinhos. As folhas são excepcionalmente pequenas, decíduas precoces. 

A espécie mais cultivada é a palma doce ou miúda (Nopalea cochenilifera) cujas raquetes alongadas possuem em média 25 cm de comprimento. É a menos resistente à falta de água mas é a mais palatável e nutritiva.

A palma é resistente à falta de chuvas, armazena uma grande quantidade de água e tem alta digestibilidade. Há produtores rurais que conseguem até 30 toneladas de matéria seca de palma em apenas um hectare, o que significa a produção de aproximadamente 300 toneladas de palma a cada dois anos.


Floração: As flores podem amarelas, laranjas ou vermelhas. São brilhantes e bem vistosas.


Frutificação: Os frutos são amarelos-avermelhados, suculentos, com aproximadamente 8 cm de comprimento, com tufos de diminutos espinhos.

O fruto da palma já é comercializado nos supermercados como "figo da índia". Tem um sabor muito bom e teor de proteína bastante alto.
Tanto o fruto como a utilização da palma como verdura e para fazer diversos outros pratos ainda é tratado com preconceito alimentar. Os textos que se referem à Palma aqui no Nordeste tratam-na sempre como forrageira e ela não é só forrageira. É antes disso um alimento humano.


Fonte: http://www.redalyc.org/pdf/813/81311226004.pdf
http://www.naturezabela.com.br/2011/03/palma-opuntia-ficus-indica.html

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