SACA NO SERTÃO
O Nordeste brasileiro passa por uma situação bastante desesperadora no tocante a estiagem. Esta já perdura por muito tempo. Sabemos que os animais e plantações precisam deste liquido precioso para sua sobrevivência. Esses dias ao visitar a colmeia antes produtiva do meu tio zé de porfírio em Fazenda Abóbora R. do Pombal, me deparei com uma situação bastante incomum. Para quem já conhecia a sua produção de mel de primeiríssima qualidade, vi agora um deserto de caixas e mais caixas (60) empilhadas sem nenhuma abelha. O referido apiário é filiado à Associação de Apicultores de Ribeira do Pombal - Ba. Segundo relato dos proprietários, (Zé de Porfírio e o seu filho Raimundo), inúmeras vezes já tiveram a felicidade de coletar até 3.600kg de mel por safra. E todo esse produto foi entregue na associação já citada na qual faz parte.
- Ao lembrar de que até o ano passado (2012) ainda estávamos com estas colmeias em atividade, me vem a todo momento vontade de chorar!. Diz os proprietários.
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Raimundo segue no mato sem destino. Sabendo que a sua principal fonte de renda já não existe mais...
Vamos rimar?
O produtos sertanejo
Já não sabe o que fazer
A batalha não é fácil
Para plantar e colher.
Acorda de manhãzinha
O que escuta é lamento
Sem comida para os bichos
Não suporta o sofrimento
Tudo já virou deserto
O Sol treme, queima tudo.
Parece mesmo castigo
Um bastante absurdo.
Não escolhe o lugar
Nem mesmo pagar pra vê
Uns tenta se controlar
Outros pensa em morrer.
Vê muita água em São Paulo
Rio de Janeiro se afunda
Só no Nordeste não chove
Cada vez mais se afunda.
Há triste recordação
Do que tinha e do que tem
A seca desola tudo
Assim não poupa ninguém.
Seja pobre ou seja rico
Todos sofrem por igual
A seca traz prejuízo
De uma forma geral.
Mais forte é o nordestino
Que suporta tudo isso
Pede a Deus que mande chuva
Pra saldar seus compromissos.
Nem as abelha suportam
Seguem as ordens da rainha
Quando não dá vão embora
Na manhã ou à tardinha.
Espero que tudo mude
Que a chuva apareça
Que o povo seja justo
Que realmente mereça.
Vou ficando por aqui
Pedindo paz no sertão
Pedindo que o nosso Deus
Socorra aos nosso irmão.
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Hermano Alves
Poço Verde - SE
19 de abril 2013
O Nordeste brasileiro passa por uma situação bastante desesperadora no tocante a estiagem. Esta já perdura por muito tempo. Sabemos que os animais e plantações precisam deste liquido precioso para sua sobrevivência. Esses dias ao visitar a colmeia antes produtiva do meu tio zé de porfírio em Fazenda Abóbora R. do Pombal, me deparei com uma situação bastante incomum. Para quem já conhecia a sua produção de mel de primeiríssima qualidade, vi agora um deserto de caixas e mais caixas (60) empilhadas sem nenhuma abelha. O referido apiário é filiado à Associação de Apicultores de Ribeira do Pombal - Ba. Segundo relato dos proprietários, (Zé de Porfírio e o seu filho Raimundo), inúmeras vezes já tiveram a felicidade de coletar até 3.600kg de mel por safra. E todo esse produto foi entregue na associação já citada na qual faz parte.
- Ao lembrar de que até o ano passado (2012) ainda estávamos com estas colmeias em atividade, me vem a todo momento vontade de chorar!. Diz os proprietários.
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Impossível acreditar que aqui já foi povoado por diversas colmeias produtivas!
De onde retirar o néctar para produzir o mel?! |
Tanque que outrora as abelham tomavam água. Hoje tá assim! |
Vamos rimar?
O produtos sertanejo
Já não sabe o que fazer
A batalha não é fácil
Para plantar e colher.
Acorda de manhãzinha
O que escuta é lamento
Sem comida para os bichos
Não suporta o sofrimento
Tudo já virou deserto
O Sol treme, queima tudo.
Parece mesmo castigo
Um bastante absurdo.
Não escolhe o lugar
Nem mesmo pagar pra vê
Uns tenta se controlar
Outros pensa em morrer.
Vê muita água em São Paulo
Rio de Janeiro se afunda
Só no Nordeste não chove
Cada vez mais se afunda.
Há triste recordação
Do que tinha e do que tem
A seca desola tudo
Assim não poupa ninguém.
Seja pobre ou seja rico
Todos sofrem por igual
A seca traz prejuízo
De uma forma geral.
Mais forte é o nordestino
Que suporta tudo isso
Pede a Deus que mande chuva
Pra saldar seus compromissos.
Nem as abelha suportam
Seguem as ordens da rainha
Quando não dá vão embora
Na manhã ou à tardinha.
Espero que tudo mude
Que a chuva apareça
Que o povo seja justo
Que realmente mereça.
Vou ficando por aqui
Pedindo paz no sertão
Pedindo que o nosso Deus
Socorra aos nosso irmão.
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Hermano Alves
Poço Verde - SE
19 de abril 2013
Um comentário:
Harmano, acredito que Raimundo hoje, como todos os seus conterraneos, exploradores ou não de apicultura, estão felizes. Voltou a chuver durante o mês de maio na região. Precisa que esta chuva de maio continue e um bom tempo para recuperar o prejuizo. Estão ali, por serem fortes e pessoas de fé, as fotografias respondem por si.
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