MANDACARU
Já é do conhecimento de todos que o homem das roças sertanejas é acima de tudo um forte. Sabemos também que, a alimentação dos povos das cidades depende unicamente desses bravos e gigante trabalhadores. Mas quando falta o precioso líquido (água), nada funciona. Tanto o ser humano como os animais sofrem com fome e sede.
Lembrei de falar mais uma vez sobre a bravura do sertanejo, porque hoje a falta de chuva está fazendo secar até os resistíveis cactos ( palma que já está faltando em nosso região). Assim, os pequenos pecuarista estão recorrendo aos mandacarus, que antes eram apenas figuras sem valor alimentícia, e que só representava a bravura e a resistência das plantas sertanejas. Hoje estão sendo vendidas por preço exorbitantes para a alimentação dos animais. Por isso, em decorrência da seca prolongada, esses cactos podem até entrar na lista das plantas em extinção, como já acontece com outras plantas da nossa Poço Verde. Cabe aos criadores de animais plantar áreas de palma, para suprir as necessidades do seu rebanho nos períodos de grandes estiagens. Ou mesmo guardar os restos vegetais em forma de silos ou fenagens. Vamos preservar o nosso MANDACARU!
O mandacaru (Cereus jamacaru), também conhecido como cardeiro, é uma planta da família das cactáceas. É comum no nordeste brasileiro e não raro, atinge até mais de 5 metros de altura.
Existe uma variedade sem espinhos, usada na alimentação de animais. A variedade comum é altamente espinhenta e também é usada na alimentação de animais, quando seus espinhos são queimados ou cortados. O mandacaru resiste a secas, mesmo das mais fortes.
As flores desta espécie de cactos são brancas, muito bonitas e medem aproximadamente 30 cm de comprimento. Os botões das flores geralmente aparecem no meio da primavera e cada flor dura apenas um período noturno, ou seja, desabrocham ao anoitecer e ao amanhecer já começam a murchar. Seu fruto tem uma cor violeta forte. A polpa é branca com sementes pretas minúsculas, e é muito saborosa, servindo de alimento para diversas aves típicas da caatinga, como a gralha-cancã e o periquito-da-caatinga.
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