TERRAS
POÇOVERDENSES
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Irei falar um pouquinho
Irei falar um pouquinho
Mesmo
com simplicidade
Dessa
gente sertaneja
Possuidor
da verdade.
Pessoas
trabalhadoras
No
inverno e no verão
Plantando
principalmente
Começo
pela cidade
Ao
lembrar o seu passado
Que pena
que a juventude
Quase
que deixam de lado.
Esquecem
que a política
Sempre
vos trouxe alegria
Principalmente
no tempo
Que
muita coisa podia.
Podia
suprir o povo
Com
comida à vontade
Cortes
de pano e colchão
Servido
com liberdade.
Hoje
já não é permitido
Agradar
ao eleitor
Fazer
da casa um banquete
No grande
quintal do senhor.
Das
festas tenho saudade
Vejam
como tá mudado
Hoje
não existem clubes
De
fato, tão derrubados.
Mas
que saudade me dá
Da
feira que existia
Veja
como é diferente
Do
modo de hoje em dia.
Com a
feira no SECAFE
Tudo
ficou diferente
Os
feirantes vão-se embora
De dez
horas pra frente.
De
tempos que se passaram
Isso
eu tenho saudade
De vez
em quando relembro
Das
coisas desta Cidade.
Outra
coisa inesquecível
Foi o tal
de futebol
Com grandes
craques da terra
Ninguém
jogava melhor.
Os
campos onde jogavam
Com
muita areia no chão
Muitas
vezes parecia
Com um
imenso poeirão.
Mesmo
assim eles jogavam
Com tanta
facilidade
Dando
fama a essa terra
E
divulgando a cidade.
E foi
assim que surgiu
Os
craques de hoje em dia
A
exemplo do RAUL
Número
seis do BAHIA.
Orgulhando
todos nós
Torcedor
poçoverderdense
Ao
saber que o filho ilustre
A um
grande clube pertence.
Digo
nem só o Raul
Mas
outros também estão
Exportando
futebol
Em
outras terras, outro chão.
Orgulho
pra nossa gente
Galera
do futebol
Que
cada dia que passa
A
coisa fica melhor.
Mas a
tecnologia
Que
julga ser popular
Fez
com que a juventude
Trocasse
a bola de gude
Por um
belo celular.
Onde
estão as brincadeiras
Jogaram
numa fornalha?
Onde
anda bola de gude
A que chamamos
de marralha?
No
lugar da velha bola
Que
muita gente jogou
Fez
surgir os vídeos games
Que infelizmente
ficou.
Ficou
trazendo gordura
A quem
parou de correr
Pra
está na frente do vídeo
Jogando
não sei o que.
O
progresso às vezes ajuda
Outras
vezes atrapalha
Tira
do povo o direito
De
segui com a batalha.
Assim
veio a obesidade
Trazendo
colesterol
Ninguém
quer dar nem um passo
Pra
buscar coisa melhor.
Já
citei a juventude
Amante
do futebol
Já
falei da obesidade
Que só
traz colesterol.
Ninguém
quer jogar mais bola
Acabaram
os campinhos
Quem
dera voltassem os tempos
Do
inicio do caminho.
Lembra-me
daqueles tempos
Que
não tinha celular
Os
telefones eram fixos
Pra
quem ia conversar.
Lembro-me
da Telergipe
Que
nos servia bastante
Ganhando
nosso dinheiro
Só pra
falar um instante.
Os
carros pra Capital
Todo
mundo já sabia
Partia
às cinco horas
Já
amanhecendo o dia.
As
estradas vicinais
Eram
bem enlameadas
Bem
perigoso atolar
No começo
da jornada.
Há
quem fale desses tempos
De
bastante sofrimento
Que
até desejava andar
No
lombo de um jumento.
O
perigo era cair
Bem na
lama da estrada
Sujando
tudo que tinha
Nos
dias de invernadas.
Sigo
em frente, vou falando.
Desta
Terra, deste chão.
Deste
solo adubado
E
grande exportador de feijão.
Só de
falar desta terra
Produtora
de feijão
Relembro
das nossas festas
Do
glorioso São João.
Bem no
inicio de maio
Com as
forças de Jesus
O
nosso povo celebram
A
festa da Santa Cruz.
Lá no
começo do ano
Já
pertinho pro verão
Janeiro
é o mês de festa
Para
São Sebastião.
Com o
poço verde fest
Muita
coisa tá mudando
Sobre
o som dos trios elétricos
Os
foliões vão dançando.
Estes
trios que já falei
De
artistas consagrados
Arrastam
a multidão
De um
Poço Verde arretado.
Etcha que festa tão boa!
Ou
povo bem animado!
Que
boa festa dançante
Mesmo
com os clubes fechados!
Quem
não se lembra do Barão
De
muitos tempos atrás
Onde a
festa era tão boa
Que
não esqueço jamais.
Ou no
Clube da Cidade
Onde
era garantido
Uma
festa popular
Que
não me deixa esquecido.
Partia
para o vaqueiro
Na
festa de Bem Criado
No
reduto dos vaqueiros
Ou
mesmo festa de gado.
A ABB
que saudade
Das
festas de formaturas
Dos
dias de casamento
Com
todas as criaturas.
Sinto
saudade da feira
Lá no
velho calçadão
Transbordando
as avenidas
Com
toda população.
Era
ali a que os vendedores
Sentiam-se
bem animados
Vendiam
tudo que tinha
O que
haviam comprado.
Já
cinco horas da tarde
A
turma tava presente
Sem
ter pressa de ir embora
Muito,
muito diferente.
Da
feira que tem agora.
Daquela
me trás saudade
Quando
paro pra pensar
Quanto
mudou Poço Verde
Não
gosto nem de lembrar.
Mas a
vida continua
Achando
bom ou ruim
Até quando
Deus quiser
Até chegar
ao seu fim.
Vou ficando
por aqui
Para voltar
outro dia
Espero
ter agradado
Pelo menos
maioria.
_______________
Poço Verde
– SE
12 de março
de 2017
Hermano
Alves
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