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domingo, 12 de março de 2017

TERRAS POÇOVERDENSES

TERRAS POÇOVERDENSES

Imagem da Internet


Irei falar um pouquinho
Mesmo com simplicidade
Dessa gente sertaneja
Possuidor da verdade.

Pessoas trabalhadoras
No inverno e no verão
Plantando principalmente
Milho e muito feijão.

Começo pela cidade
Ao lembrar o seu passado
Que pena que a juventude
Quase que deixam de lado.

Esquecem que a política
Sempre vos trouxe alegria
Principalmente no tempo
Que muita coisa podia.

Podia suprir o povo
Com comida à vontade
Cortes de pano e colchão
Servido com liberdade.

Hoje já não é permitido
Agradar ao eleitor
Fazer da casa um banquete
No grande quintal do senhor.

Das festas tenho saudade
Vejam como tá mudado
Hoje não existem clubes
De fato, tão derrubados.

Mas que saudade me dá
Da feira que existia
Veja como é diferente
Do modo de hoje em dia.

Com a feira no SECAFE
Tudo ficou diferente
Os feirantes vão-se embora
De dez horas pra frente.

De tempos que se passaram
Isso eu tenho saudade
De vez em quando relembro
Das coisas desta Cidade.

Outra coisa inesquecível
Foi o tal de futebol
Com grandes craques da terra
Ninguém jogava melhor.

Os campos onde jogavam
Com muita areia no chão
Muitas vezes parecia
Com um imenso poeirão.

Mesmo assim eles jogavam
Com tanta facilidade
Dando fama a essa terra
E divulgando a cidade.

E foi assim que surgiu
Os craques de hoje em dia
A exemplo do RAUL
Número seis do BAHIA.

Orgulhando todos nós
Torcedor poçoverderdense
Ao saber que o filho ilustre
A um grande clube pertence.

Digo nem só o Raul
Mas outros também estão
Exportando futebol
Em outras terras, outro chão.

Orgulho pra nossa gente
Galera do futebol
Que cada dia que passa
A coisa fica melhor.

Mas a tecnologia
Que julga ser popular
Fez com que a juventude
Trocasse a bola de gude
Por um belo celular.

Onde estão as brincadeiras
Jogaram numa fornalha?
Onde anda bola de gude
A que chamamos de marralha?

No lugar da velha bola
Que muita gente jogou
Fez surgir os vídeos games
Que infelizmente ficou.

Ficou trazendo gordura
A quem parou de correr
Pra está na frente do vídeo
Jogando não sei o que.

O progresso às vezes ajuda
Outras vezes atrapalha
Tira do povo o direito
De segui com a batalha.

Assim veio a obesidade
Trazendo colesterol
Ninguém quer dar nem um passo
Pra buscar coisa melhor.

Já citei a juventude
Amante do futebol
Já falei da obesidade
Que só traz colesterol.

Ninguém quer jogar mais bola
Acabaram os campinhos
Quem dera voltassem os tempos
Do inicio do caminho.

Lembra-me daqueles tempos
Que não tinha celular
Os telefones eram fixos
Pra quem ia conversar.

Lembro-me da Telergipe
Que nos servia bastante
Ganhando nosso dinheiro
Só pra falar um instante.

Os carros pra Capital
Todo mundo já sabia
Partia às cinco horas
Já amanhecendo o dia.

As estradas vicinais
Eram bem enlameadas
Bem perigoso atolar
No começo da jornada.

Há quem fale desses tempos
De bastante sofrimento
Que até desejava andar
No lombo de um jumento.

O perigo era cair
Bem na lama da estrada
Sujando tudo que tinha
Nos dias de invernadas.

Sigo em frente, vou falando.
Desta Terra, deste chão.
Deste solo adubado
E grande exportador de feijão.

Só de falar desta terra
Produtora de feijão
Relembro das nossas festas
Do glorioso São João.

Bem no inicio de maio
Com as forças de Jesus
O nosso povo celebram
A festa da Santa Cruz.

Lá no começo do ano
Já pertinho pro verão
Janeiro é o mês de festa
Para São Sebastião.

Com o poço verde fest
Muita coisa tá mudando
Sobre o som dos trios elétricos
Os foliões vão dançando.

Estes trios que já falei
De artistas consagrados
Arrastam a multidão
De um Poço Verde arretado.

Etcha  que festa tão boa!
Ou povo bem animado!
Que boa festa dançante
Mesmo com os clubes fechados!

Quem não se lembra do Barão
De muitos tempos atrás
Onde a festa era tão boa
Que não esqueço jamais.

Ou no Clube da Cidade
Onde era garantido
Uma festa popular
Que não me deixa esquecido.

Partia para o vaqueiro
Na festa de Bem Criado
No reduto dos vaqueiros
Ou mesmo festa de gado.

A ABB que saudade
Das festas de formaturas
Dos dias de casamento
Com todas as criaturas.

Sinto saudade da feira
Lá no velho calçadão
Transbordando as avenidas
Com toda população.

Era ali a que os vendedores
Sentiam-se bem animados
Vendiam tudo que tinha
O que haviam comprado.

Já cinco horas da tarde
A turma tava presente
Sem ter pressa de ir embora
Muito, muito diferente.
Da feira que tem agora.

Daquela me trás saudade
Quando paro pra pensar
Quanto mudou Poço Verde
Não gosto nem de lembrar.

Mas a vida continua
Achando bom ou ruim
Até quando Deus quiser
Até chegar ao seu fim.

Vou ficando por aqui
Para voltar outro dia
Espero ter agradado
Pelo menos maioria.

_______________
Poço Verde – SE
12 de março de 2017
Hermano Alves




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