É por gostar bastante da arte e cultura cordelista, que resolvi reunir varia quadrinhas RIMADAS. Aqui destaco diversos assuntos. Na maioria falando das coisas da Natureza, política, poço verde, sertanejos, entre outros. Em quase todas as minhas postagens é de praxe convidar os leitores internautas para rimar. Com isso darei mais um brilho aos assuntos relatados. Muitas vezes compartilhado de outro colega blogueiro, mas tento complementa-los com os meus versinhos ou as minhas singelas poesias. Sendo assim comprovo o que falei anteriormente dizendo:
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Vamos Rimar?
Quero aqui iniciar
Variedades de versos
Quem vai pensa em voltar
Só imagina o regresso.
Quero falar um pouquinho
Da cidade onde moro
Jamais daqui sairei
Pois é ela que adoro.
Vivo aqui em Poço Verde
Porque o acho legal
Embora venha de longe
De Ribeira do Pombal.
Mas é aqui nesta terra
Que eu pretendo morar
Não vim pra rever o povo
Nem apenas passear.
Chegamos há tanto tempo
Já capaz de esquecer
Mas as lembranças não deixam
Quer relembrar com prazer.
Aqui estou em Sergipe
Pra viver, não tem melhor.
Lugar de gente pacata
porém em todo arredor.
Gostar do lugar é assim
Respeitando toda a gente
Se pra mim é desse jeito
Pra ninguém é diferente.
Viver bem ou viver mal
Depende de cada um
Não falo mal desta terra
Nem por dinheiro nenhum.
Vivo em Poço Verde
Numa terra catingueira
De gente bela e charmosa
Porém muito interesseira.
Uma parte do meu dia
Escolho pra trabalhar
Mudando-me para a escola
Pra mais tarde retornar.
Habito em Poço Verde
Numa terra sergipana
De beleza e paisagens
De origem bem bacana.
Sou mesmo de Poço Verde
Sou mesmo dos catingais
Sou da terra dos festejos
De feijão e milharais.
Sou poçoverdense feliz
Nasci para ti louvar
Pra preservar sua flora
Pra ninguém não derrubar.
Já somos poçoverdenses
De natureza e vigor
Somos belos catingueiros
Que habitamos com amor.
Somos poçoverdenses
Somos gentes de atenção
Louvamos a Santa Cruz
E o Santo Sebastião.
Somos plenos catingueiros
Seja do mato ou da roça
Moramos em casas simples
Ou até mesmo em palhoça.
Orgulho de ser assim
Poçoverdense e feliz
Somos donos do pedaço
Na direção do nariz.
Aqui onde as festas acontecem
Pra o povo festejar
Quando existem boas safras
É coisa de admirar.
O inverno é destacado
Na boa safra de feijão
As feiras ficam repletas
Parecendo um barracão.
É feijão pra todo lado
Secando no calçadão
É vida que segue em frente
Alegrando o sertão.
Sertão de gente educada
Povo bom eu nunca a vi
Poço Verde das festanças
Só sabe quem vive aqui.
No inverno é bom no campo
É um lugar de fartura
Lá tem feijão, tem abóbora.
Tem canjica e rapadura.
É assim que nós vivemos
Morando nesse lugar
Somos plenos catingueiros
Em toda parte que chegar.
Plantamos boas ações
Pra colher felicidades
Sendo do interior
Ou até mesmo da cidade.
Quando chega o mês de junho
Nas festas de São João
Os costumes voltam todos
Para o povo do sertão.
As noites são festejadas
Com fogueira e balão
Milho assado na fogueira
Amendoim e quentão.
Tem até os bacamartes
Para com tiros fortes e cruéis
Até lembro dos períodos
Dos famosos coronéis.
O bacamarte é uma arma
Gigante por natureza
Não tem beleza alguma
Causa espanto e tristeza.
Só pra cumprir o folclore
Que tivemos no sertão
As festas só ficam boas
Quando tem animação.
O guri compra chuvinha
Para queimar na fogueira
O grande solta pitu
Na hora da bebedeira.
Assim é o interior
Onde mantém a cultura
Onde se solta foguetes
Onde se faz aventura.
Quebra o pote, solta o gato.
Cobre a cara pra quebrar
Pega as balas que tão dentro
Aonde o gato parar.
Pau de sebo tem também.
Com premio pra quem tirar
Só és dono da fortuna
Aquele que chegar lá.
São diversas brincadeira
Que agora não lembro mais
São costumes que preservo
E com valores iguais.
Na cidade ta mudado
A fogueira ainda tem
Tem fogos de artifícios
Que já na anima ninguém.
É só Poço verde Fest
Som pra lá, e som pra cá
O povo sente saudade
Dos costumes do lugar.
Não tem tudo que já teve
Nos tempos do seu avô
Não tem tudo que queríamos
Pra pensar no que passou.
As terras ficam prontinhas
pro dia de São José
Para plantar a lavoura
Enterrando com o pé.
O milho é pra servir
Para comer na fogueira
O resto, porém que sobrar.
Leva pra vender na feira.
Cantam pais, cantam meninos.
Enterram milho no chão
Para assar e festejar
O dia de São João.
Por isso que falo tanto
Do povo do meu Nordeste
De gente batalhadora
Que, porém não entristece.
Toda gente prevenida
Guarda milho e feijão
Pra viver tranqüilo e calmo
Ajudando a seu irmão.
Vêm distantes os compradores
Pra comprar a produção
Pra levar pra outros estados
Todo milho e feijão.
Compram até mesmo na roça
Nem dá tempo de secar
Todos os atravessadores
Só vem a fim de lucrar.
Sabem que o produtor
Já está endividado
Pra cuidar da sua roça
Tomou dinheiro emprestado.
Confia na produção
Olha pra os céus todo dia
Pra ter boa produção
E sair dessa agonia.
Os compradores já sabem
A regra de o bom viver
Sabem que os produtores
Terão mesmo é que vender.
Vendem tudo que produz
Às vezes não sobra nada
Que esperar o vindouro
Com uma boa invernada.
É costume catingueiro
Plantar tudo no inverno
Pra vender e pra sobrar
Para o consumo interno.
Enormes carretas que saem
Carregando a produção
Dos ilustres plantadores
De milho e também do feijão.
Poçoverdense é assim
Cheio de força e vigor
Que trabalha todo dia
Pra colher o que plantou.
É legal ser desse jeito
Madrugando sem parar
Cuidando da produção
Pra vender o que sobrar.
Já venho falando de festas
E de boa produção
É o que traz alegria
Pra quem vive no sertão.
O autentico sertanejo
Que vive a trabalhar
Sabe a hora que começa
E não quando vai largar.
Trabalha de sol a sol
Não descansa um só instante
Mas fica muito contente
Quando produz o bastante.
Pensa na subsistência
Pensando no bem estar
Quando cai alguma chuva
Lembra apenas de plantar.
Assim é o nosso lema
Pensando no sertanejo
Se produzir fica contente
Realiza seu desejo.
Falando de catingueiro
Poçoverdense e feliz
Somos plenos nordestinos
Donos do nosso nariz.
Somos nos poçoverdenses
Festeiros e agricultor
Moradores da cidade
Também do interiore.
Da ladeira do tanquinho
São José ou Rio Real
Festejam quando São João
Ou mesmo no carnaval.
Temos festas populares
Com zabumba ou tamborim
Padroeiros que festejam
Do Xique-xique ao Bonfim.
É assim o Poço Verde
De povo trabalhador
De gente honesta e feliz
De pessoas de valor.
Trabalhadores rurais
Da cidade do sertão
Homem que planta e colhe
Abundância de feijão.
Do Mimoso ao amargoso
Ventoso e Jacurici
Tem terrenos produtivos
Muito bom pra progredir.
Tem vida que segue em frente
Com festejo e produção
Com a vida na lavoura
No inverno ou no verão.
Inverno, verão, produção.
Rotina nos catingais
Alegria sertaneja
Sonhando viver em paz.
Ser catingueiro é ser mais
Feliz por saber viver
Poçoverdende é de paz
Pois só Deus sabe por quê.
Aos sábados poçoverdenses
Abrimos nossa porteira
Para aqueles visitantes
E vendedores da feira.
Vem gente de toda a parte
Tem gente de toda fé
Tem Maria e Antonio
Vem João, Pedro e Mané.
Na quarta-feira também
A feirinha continua
Mesmo não sendo na praça
Mas sendo na mesma rua.
A feira na quinta é total
Porém é no calçadão
Os camelôs aproveitam
Pra faturar de montão.
Quem quizer comprar as roupas
Pra usar onde quiser
Visite nossa cidade
Na hora que bem quiser.
Habitantes da cidade
Do prédio ou do bangalô
Respeita muito e bastante
Ao povo do interior.
Poço Verde que queremos
Feliz e independente
Por não ter boa saúde
Queremos não ficar doente.
Queremos mais segurança
Para a população
Pra todos os poçoverdenses
Habitantes do sertão.
Já temos muita alegria
Queremos viver em paz
Gostaríamos de voltar
Há muitos tempos atrás.
O sertanejo é um forte
Na hora de enfrentar
Todas as dificuldades
Seja em qualquer lugar.
Na saúde ou na doença
Na vida cotidiana
Na chovida do inverno
Ou mesmo na seca tirana.
Que legal sermos assim
Decidido, sorridente.
Levando todo pregresso
Tocando o Brasil pra frente.
Da vida não levo nada
Deixo até muita lembrança
Cultivo todo o dia
Muita fé e esperança.
Tenho minhas poesias
Pra deixar eternamente
Pra quem lê lembrar de mim
Ficando triste ou contente.
Assim mesmo ofereço
Tudo de bom que tiver
Leiam todos os meus livros
Na hora ou dia que quiser.
Sou bahiêêê e flamenguista
Guardo os dois no coração
Na derrota ou vitória
Pra mim não tem distinção.
Não apenas flamenguista
Gosto também do Bahia
Deram-nos felicidades
Porem com muita alegria.
Meu coração se alegra
Quando vejo vos jogar
Alegro-me com a vitória
E deixando a tristeza pra lá.
Adoro ser flamenguista
E baianista também
Gosto muito do Brasil
Mas igual aos dois não tem.
Resolvi falar assim
Das equipes mais queridas
São boas sem comparar
Sem nunca ser esquecidas.
Bahia ou Flamengo
São dois times populares
Tem torcida gigantesca
Porem em todos os lugares.
Respeito toda torcida
Seja de qual time for
Trato todos com carinho
Se o time perdeu ou ganhou.
Sou roceiro, sertanejo.
Habitante do sertão
Sou da terra abençoada
Pelo São Sebastião.
É terra de Santa Cruz
A quem devo me lembrar
Para pedir proteção
Toda vez que precisar.
Me pego com todo santo
Sem me esquecer de Jesus
Que passou por sofrimentos
Antes de morrer na Cruz.
É Jesus que me dar força
É o Deus que traz coragem
É a minha fortaleza
A quem transmito homenagem.
Vou seguindo o meu caminho
Até quando Deus quiser
Vou pedindo proteção
Para aquele que vier.
Sou feliz por ter Jesus
Dentro do meu coração
Por viver com amizade
Com todos os meus irmãos.
Irmãos de luta e de fé
De todos que a conheço
Vou levando a minha vida
Até o dia que mereço.
De tudo falando um pouco
Tentando-me acertar
Só não lembro do Diabo
Pois esse eu deixo pra lá.
Vou levando em meu caminho
Um Deus forte e poderoso
Que protege toda a gente
Do mais jovem ao idoso.
Da caatinga ao litoral
Pensamos no que é bom
Pra pedirmos proteção
E nunca sair do tom.
O Bom Deus está conosco
Por todo lugar que var
Todo dia, toda hora.
Toda vida sem parar.
Deus é todo poderoso
Deus é força é vigor
Deus protege todo dia
Deus nos trata com amor.
Deus não castiga ninguém
Deus quer o bem a você
Deus ajuda a todo mundo
Deus nos ajuda a fazer.
Deus é força toda hora
Nos momento mais difícil
Deus protege a todo mundo
Deus tira do sacrifício.
Deus abençoe as crianças
Pra que elas tenham sorte
Sejam sempre protegidas
E vos livrando da morte.
Aos velhinhos Deus proteja
Até a hora chegar
Dando vida, dando sorte.
No lugar onde está.
Aos jovem peço clemência
Que proteja até o fim
Livre-os de todo mal
E dos momentos ruins.
Aquelas pessoas de ruas
Que não tem onde ficar
Que procuram viadutos
Pra poder se amparar.
A Deus te peço desculpas
A Deus te peço perdão
A Deus ofereço a vida
A Deus peço a salvação.
Jesus Cristo é nosso Pai
É o nosso protetor
É a nossa fortaleza
É o nosso Criador.
É a paz que merecemos
Pra tocar em harmonia
Jesus é o nosso irmão
Protege-nos todo dia.
Todos nos poçoverdenses
Somos gentes do sertão
Da terra de Santa Cruz
E de São Sebastião.
Pelas ruas da Cidade
Numa grande comunhão
Os fieis caminham juntos
Orando na procissão.
As ruas são enfeitadas
Os meios-fios são pintados
Pra receber os fieis
Que se livra dos pecados.
Seja maio ou janeiro
Numa grande procissão
O povo leva o Andô
Com uma grande emoção.
Rua acima, rua abaixo.
Rezando e pedindo paz
Clamando por proteção
Para os jovens e rapaz.
Os pedidos continuam
Seja qual for à estação
Pede pra chover na roça
Pra ganhar a plantação.
Poço Verde é o reduto
De muita religião
Da Divina Sta Cruz
E de São Sebastião.
Nas festas de hoje em dia
Já não há religião
O que tem é bebedeira
E brigas com seu irmão.
Pedimos paz e justiça
Que tudo volte ao normal
Que a vida continue
Que todos sejam igual.
As terras poçoverdenses
Onde estamos todo dia
Merecem ser habitadas
Com muita sabedoria.
Como bom poçoverdense
Vou parando por aqui
Continuo a escrever
Até o dia de partir.
Partirei deixando escrito
Tudo que vi e pensei
Pra que todo mundo leia
Aquilo que aqui deixei.
Já disse por muitas vezes
Sou baiano de verdade
Mas que adoro Sergipe
Com muita felicidade.
Poço Verde me recebe
Quer que fique por aqui
Quer que fique na caatinga
Que nunca venha a partir.
Sou da terra abençoada
Terra de milho e feijão
Nordestino e catingueiro
E de São Sebastião.
Pedindo sorte ao Divino
Rogando paz a Jesus
Por viver numa terrinha
Da divina Santa Cruz.
Poço Verde é cercado
Bondoso coração
Por termos a Santa Cruz
E o São Sebastião.
Poço Verde comemora
Um São João de qualidade
Dependendo do inverno
E da oportunidade.
Muitas ruas enfeitadas
Muitas fogueiras queimando
Tanto milho para assar
Quanta pamonha esquentando.
É mesmo o maior barato
Quando chega o São João
Crianças queimam chuvinha
Adultos soltam Rojão.
Fogueiras ficam queimando
Homenageiam São João
Pessoas viram compadres
E tem consideração.
É dia muito feliz
Com cobrinha ou rojão
Mas é triste quando soltam
O perigoso balão.
Balão que queima florestas
Destruindo plantação
Incendiando veículos
Matando a população.
Do milho que faz pipoca
Faz cuscuz e faz angu
Faz também boas comidas
Como por exemplo, o angu.
Do milho que faz fubá
Faz comida pra galinha
Faz ração para o cavalo
Faz papa para a patinha.
O bolo que faz do milho
Faz canjica, faz angu.
Faz farelo pros pintinhos
Faz seva para o jacu.
Da palha que faz o silo
Um alimento animal
Pra alimentar a vacada
No momento matinal.
Pra fazer artesanatos
Ou mesmo o que pensar
O milho é eficiente
Pra o que quiser aprontar.
Do feijão não digo nada
É muito eficiente
Só mesmo pra pouca coisa
Apenas pra mesa da gente.
O nosso feijão de corda
Que todos sabe o que é
Vai logo pra Salvador
Pra fazer acarajé.
Na nossa agricultura
Mesmo de subsistência
Plantamos, colhemos tanto.
Porque temos paciência.
Fava e Feijão de corda
Milho quem tem à vontade
Onde as secas não judiam
Nem cometem castidade.
Batata e macaxeira
Aipim, como quiser.
Plantamos da Jureminha
Até lá no São José.
Na safra de bom inverno
A fartura é de montão
E com alegria no rosto
E muita satisfação.
O caminhão chega à roça
Pra comprar a produção
E abastecer o Brasil
Com nosso milho e feijão.
Por isso que Poço Verde
É uma terra abençoada
Se não temos bom inverno
Temos boas trovoadas.
Pra quem vive por aqui
Não tem o que reclamar
Quando é festa, tem da boa.
Se inverno lucra com o plantar.
Para lembrar os bons tempos
De cachorro com lingüiça
É só pensar no agora
Com uma boa cobiça.
Para dizer que te adoro.
Poço Verde, estou aqui.
Mesmo vindo da Bahia
Sem pensar em prosseguir.
Gabo muito sua feira
Lá tem tudo pra vender
Tem barracas bem surtidas
Tão bonitas pra se vê.
Vêm pessoas de comércios
Negociar por aqui
Esperando compradores
Vindos do Jacurici.
Lá de outros municípios
Bem longínquo bem distante.
Visita-nos todo sábado
Pois aqui vende bastante.
Uma das melhores feiras
Que temos neste sertão
Pra onde vem todo roceiro
Vender sua produção.
Vem laranja de Boquim
Vem caju do Ceará
O melão vem da Ribeira
Banana do Riachão.
E todo Itabaianense
Trás verdura pra vender
Vende em grosso e Varejo
Vende como deve ser.
A criação vem do sitio
Onde deve ser criada
O importante é que bem cedo
A mesma é negociada.
Tem peru, tem o capão.
Vem a galinha D’Angola
Tem o moço anunciando
Pra vender a mariola.
Mariola de banana
De goiaba ou coisa assim
Vem o sujeito gritando
Pra vender o aipim.
Inhame, batata-doce.
Eis aqui o argumento
Sabendo que todos eles
Vão servir de alimento.
Na feira de cereais
Onde fica o feijão
Pra vender por sacaria
Um pouco da produção.
Quem compra leva pra fora
Pra lucrar um pouco mais
Descontando o que passou
Em outros anos atrás.
O milho aqui nem se fala
Os carros pegam na roça
Se não dá para chegar
Puxa-os numa carroça.
Nem só estas duas culturas
Tem aqui na região
Plantamos outras também
Pra esta população.
Mas nunca vou esquecer
Do grande milho e feijão
Porque somos pioneiros
De todo esse sertão.
Somos fortes e primeiros
Deste ouro nordestino
Capricho da natureza
Pra cumprir um destino.
Poço Verde está distante
Um pouco da capital
Num cantinho do Nordeste
Num lugar bem natural.
Somos plenos catingueiros
Do meio dos catingais
Somos bens, somos felizes.
Que sejam urbanos ou rurais.
Na vidinha que levamos
Somos felizes assim
Alimentando a boiada
Com sorgo, milho e capim.
Se não temos tudo isso
Demos palma forrageira
Criemos nossa boiada
Como produtos de primeira.
Poço Verde, Poço Verde.
Mora no meu coração
Mesmo eu sendo da Bahia
Adotei-te com emoção.
Poço Verde da caatinga
Dos catingueiros também
Dou-te todo meu apoio
Transmito meus parabéns.
Poço Verde da política
Do ilustre votador
De povos inteligentes
Que oferece seu valor.
Não tem voto de cabresto
O povo sabe o que quer
Elege a quem interessa
Sendo Arculano ou Mane.
Quando político de fora
Ninguém dar muita atenção
Pede grana pra votar
Sem nada não vota não.
Aparece tanto nome
Querendo um voto ganhar
Político que nunca vimos
Nem sabe o caminho de cá.
Procuram representantes
Liberam muito dinheiro
Vende o povo por cabeça
Pedindo sem paradeiro.
Musicas com diversos tons
São tocadas todo dia
Dá-nos febre, da gastura.
Chega a fazer agonia.
Interesse é que não falta
Quem iluda a população
Políticos sem compromissos
Só pensa na eleição.
Um bom papo é o seu forte
Derruba até avião
Aproveita o nosso voto
Engana a população.
Até pessoas honestas
Que se envolvem na política
Ficam cegos, sem vergonha.
Ninguém jamais acredita.
Leva um papo diferente
Só pensando em enganar
Promete fazer de tudo
Mas ninguém vê trabalhar.
Existem os apadrinhados
Aquele que puxa o saco
Ganha tudo, fica rico.
Joga o povo pro buraco.
Se morrer ganha um caixão
Fracozinho como o quê
Derruba até o defunto
É feito não sei de quê.
Se tens festas com andô
O político ta presente
Cumprimenta toda gente
Com semblante sorridente.
Nem sabe que santo é
Que vai ali no andô
Quer saber que ta presente
Seja lá que santo for.
É manha pra todo lado
Caia nesta quem quiser
O papo está lançado
Que venha de onde vier.
Visitam até favelas
Abraçando a todo mundo
Demonstram felicidades
Sem sentimento profundo.
Chegando numa casinha
Pobrezinha e sem valor
O político faz de conta
Que está num bangalô.
Nas festas, como falei.
Vão à caça do andô
Demonstrando humildade
Para provar seu valor.
Já vou parar por aqui
Deixo a política de lado
Vou falar de outras coisas
Que traga mais resultado.
Vou falar da Natureza
Que tem muito pra nos dar
Lembrando da proteção
Que temos sempre a ganhar.
Deus nos dar toda a floresta
Dar delírios e prazer
Com o canto dos sabiás
E a beleza dos sofres.
O irapurú quando canta
Alegra toda a floresta
Todos param para ouvir
E curtir a bela festa.
Ele canta, todos calam.
Nunca se viu coisa assim
É a lei da natureza
No aviso do vim-vim.
A saitica que canta
Dizendo, buraco feito.
O anum que anuncia
Chorando a seu respeito.
Dizendo que vai chover
Que cai chuva no sertão
Que o solo deve ser pronto
Pra cuidar da plantação.
O Lagarteiro já canta
Anunciando a lagarta
Dizendo pra ter cuidado
Mostrando o jogo da carta.
É difícil um animal
Não ter suas artimanhas.
Começa pelo trançado
Da redinha da aranha.
Que vive só do que tece
Pra pegar seus alimentos
Capturar os insetos
Que passa a todo o momento.
É impressionante o trabalho
Dos Arquitetos do mato
Construindo sua casa
Sempre no anonimato.
É um trabalho bonito
Do joão e da barrela
Que constrói sua morada
Tão bonita e sempre bela.
Outros pássaros tomam conta
Pois não sabe construir
Espera o trabalho do joão
Quando pensam em produzir.
O garrinxeiro também
Faz seus ninhos de graveto
Vem trazendo galho em galho
Pra concluir o seu feito.
O beija-flor, nem se fala.
É bastante organizado
Trabalha e se alimenta
Num ritmo acelerado.
Bata asas procurando
Não parar um só segundo
Não tem coisa tão bonita
Em toda parte do mundo.
O gavião sofre muito
No bico do bem-te-vi
São coisas da natureza
Lá, acolá ou aqui.
O cabeça vermelho
Na sua organização
Espanta sua família
Para outra região.
O anum se alimenta
Do inseto carrapato
De grilos que a vaca tange
Quando vai comer o mato.
O tiziu pula bastante
Quando o inverno aparece
Dizendo que vai chover
Quando sobe e quando desce.
A coleirinha cantando
Com o seu cantar faz lembrar
Dos tempos das grandes matas
Que o homem ousou em cortar.
O bigodinho parece um milagre natural
Sumindo logo depois do final de um chuvaral
Ninguém sabe seu destino. Se pra longe ou para perto
O certo é que essa ave tem o seu destino tão incerto.
Canário da terra
É nativo do sertão
É igual ao juriti
Da terra do azulão.
Sabiá, que canta melodia.
Seu canto nos faz lembrar
Um pouco do amanhecer
O dia no arraia.
O nambu quando amanhece
Tem seu canto tão perfeito
Acordando a passarada
Sem demonstrar um defeito.
O canto da saracura
Faz lembrar nosso sertão
Demonstra tranqüilidade
Já nos traz recordação.
É canto da natureza
Como é lindo o seu cantar
Como e bonito a floresta
É magia do lugar.
.Do meu sertão.
Não posso esquecer
Como é linda a madrugada
Vendo o dia amanhecer.
O caminhar da rolinha
É bonito como quê
É semelhante à pombinha
Com jeito de zabelê.
Temos que nos concentrar
Parece ser uma magia
Só basta mesmo pensar.
Ao lembrar das nossas matas
Que alguém já derrubou
Dar tristeza infinita
Por sentir tanto rancor.
É coisa de quem não pensa
No vindouro do amanhã
Impedindo a produção
Do quati, da araquã.
O inverno trás as chuvas
Pra molhar o nosso chão
Com ela vem a grandeza
De uma boa produção.
O verão trás alegria
Para o banho lá no mar
Trás a seca no sertão
Pra sempre nos maltratar.
Adoro a primavera
Período de paz e amor
Toda planta está bonita
E toda árvore com flor.
Os frutos que vem depois
Vem pra nos alimentar
Trazido pelo outono
Que grandeza vem nos dar.
Parabéns aos estudantes
Que procuram estudar
Parabéns aos que dedicam
Ao ambiente preservar.
Preservar aos animais
As plantas e outro ser
Admiramos seus planos
E gostamos de você.
Daqueles que não pretende
Nem preservar e nem conhecer
Não merece muito apoio
Não merece carecer.
Tem muito que já morreram
Defendendo a Natureza
Chico Mendes foi um deles
Um defensor de grandeza.
Politica
Agora quero falar
Um pouquinho da politica
Quando falamos bem
Mas pelo menos critica.
Falam muito em impostos
Já com sorriso no rosto
É ali que a grana cai
Dando prazer, muito gosto.
Nessas minhas poesias
De tudo tem um pouquinho
Tem política, natureza.
Falei até do patinho.
Tem palavras empolgantes
Pra queles que é natural
Mas os políticos não gostam
Porque todo político é igual.
Só gostam que falem bem
Daquilo que é errado
Do que só traz as mazelas
Para o país e os estado.
Pra o nosso povo sofrido
Nem adianta falar
Em alguns políticos enganosos
Que só pensa em maltratar.
Assim vão levando a vida
Abraçando o nosso povo
Só demoram quatro anos
Pra poder voltar de novo.
Têm muitos que nos abraçam
Com pura demagogia
Faz de conta que é pobre
Com uma falsa alegria.
É isso que nos revolta
E nos trás recordação
De quatro anos passados
Com mentiras de montão.
Conhecem todos os pobres
Sabendo até onde mora
Mas podemos ter certeza
Que isso só é agora.
Do prefeito ao senador
Deputados em geral
Até o vereador
Sabe ter cara de pau.
Promete o impossível
Não cumpre meio por cento
Nos quatro volta de novo
Pois ganhar é seu intento.
Aos ricos não pedem votos
Mostra-lhes sua proposta
Dá milhares de dinheiro
E manda fazer aposta.
Aos pobres prometem tudo
Faz um voto de cabresto
Oferta logo um emprego
Muito fora do contexto.
Quero que você me entenda
Como é nossa política
Troca o povo com besteira
Depois que ganha, critica.
Se der certo votarei
Se não der peço perdão
Pois não gosto de política
Nenhum me dar atenção.
Não escuto as campanhas
Pois finjo não ta ouvindo
Não me trás felicidade
Até quando estou pedindo.
Só confio em Jesus
Que protege nossas vidas
Não importa qual a cor
Que cura toda ferida.
Vou ficando por aqui
Agradecendo a Jesus
Que por nos sofreu calado
Até pregado na cruz.
É ele que nos protege
Toda hora, todo dia.
Na hora da tristeza
Na hora da agonia.
Peço paz a Jesus Cristo
Dê-nos muita proteção
Pra que tenhamos saúde
Muita paz entre os irmãos.
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Hermano Alves
Poço Verde - Se
Junho de 2014
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