PROTEÇÃO À FAUNA E A FLORA
Pense num pássaro lindo
Que canta até sem razão
Se tá preso na gaiola
Ou tá comendo no chão.
Nossa flora, nossa fauna.
Que o homem arrancou
Tirando das nossas aves
O prazer quer Deus deixou.
Vendo nossa passarada
Na caatinga do sertão
Relembro desta beleza
Por nome de azulão.
Do bem-te-vi ao vim-vim
Que todo mundo conhece
Mas não dá muito valor
Do tanto que eles merecem.
Com o cantar da rolinha
Daquelas fogo-pagô
Lembramos muita maldade
Das noites do caçador.
Sem proteger os seus ninhos
Vivem sempre a destruir
Se tenha ou não filhotes
Já nos dias de sair.
Ou povo sem coração!
Que só pensa em devastar
Caça a noite ou todo o dia
Por não querer preserva.
Mas voltando ao azulão
Bonito para se vê
Bem azul da cor do mar
Dependendo de você.
Mas o destino cruel
Da nossa fauna querida
É questão de pouco tempo
Para vermos destruída.
As plantas já são cortadas
Onde vive o beija-flor
Onde canta a seriema
Que lamenta sua dor.
Lamenta por não ter mata
Pra te cobrir do relento
Pra livrar dos caçadores
Pra te proteger do vento.
Mesmo assim é o carcará
Nas bandas do Santo Antonio
Vivendo tudo assustado
Com aquele pavor medonho.
Sinto pena da codorna
Que vive no descampado
Fugindo do caçador
Que não tem muito cuidado.
Afinal é toda a fauna
Que não tem mais proteção
Alguns estão a caminho
Duma triste extinção.
Mas pedimos consciência
Deixem os bichos viver
Não os tornem em alimentos
Ou matar para vender...
Deixe todos produzirem
Deixe o resto que ficou
Deixe a semente de Deus
Que na terra ele plantou...
O que falta é proteção
E a santa consciência
Pra que não acabe nunca
Nossa própria existência.
Matar ou desmatar
Não é bom para ninguém
Não faz bem pra natureza
E pras gerações que vem.
Por isso que o azulão
Foi hoje o escolhido
Por tá desaparecendo
Por ser o mais perseguido.
Outras aves e todas plantas.
Merece mais proteção
Por todo vivente da terra
Pelo povo do sertão.
Como nós, poço-verdenses
Sofredores sem cessar
De um verão escaldante
De até solo rachar.
Mas protegidos por Deus
Que nos dá a consciência
De proteger nossa fauna
Garantindo a existência.
Por aqui tudo sequinho
Até nosso imbuzeiro
Que tiram suas batatas
A fim de ganhar dinheiro.
Vou ficando por aqui
Pedindo muita atenção
Pra preservar nas florestas
E nosso belo azulão.
Que as matas continuem
Sendo um berçário feliz
Para os nossos animais
Foi isto que sempre quis.
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Poço Verde – SE
Hermano Alves
23 de fevereiro 2017
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