Como diz o ditado, "quem descobre a vocação, não precisa de carreira". Assim é a história de Josa, o Vaqueiro do Sertão, com a música. Tudo começou na Cavalaria do Rio de Janeiro onde Josa aprendeu a tocar. Diante da insistência de seu superior para que ele se dedicasse aos instrumentos de palheta, saxofone e clarinete, Josa resolveu pedir dispensa e seguir por outro caminho.
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SANFONEIRO – Depois de comprar a primeira sanfona, ainda no Rio de Janeiro, Josa, resolveu "voltar para o norte" e passou a gerenciar uma fazenda na cidade de Simão Dias. Em 1961, o Vaqueiro do Sertão veio para a capital sergipana e, na Antiga Rádio Difusora, participou do programa Manhã Sertaneja, com Carlito Melo, mais conhecido como Caboclo Jeremias. Um ano depois surgiu a oportunidade de apresentar seu próprio programa. E foi ali que Josa foi descoberto, em 1965, por Luiz Gonzaga.
EMOÇÃO – Josa contou ao Portal InfoNet que, embora tenha colecionado muitas alegrias ao longo de todo este tempo, nenhuma foi maior que a de conhecer o Rei do Baião. Principalmente, porque foi de Gonzagão a iniciativa de procurar o "vaqueiro" que apresentava o programa "Festa na Casa Grande".
Depois disto, Luiz Gonzaga levou Josa para São Paulo para gravar seu primeiro disco. O compacto com duas músicas, "No pátio da fazenda" e "Há boi no mourão", foi lançado em 1965. Três anos depois, o Vaqueiro do Sertão apresentou ao público seu primeiro LP "Na sombra da jaqueira".
SHOWS - A decisão de não gravar novos discos veio como conseqüência de uma postura assumida, em 1968, por Josa: não cantaria música de duplo sentido. A partir de então, o Vaqueiro do Sertão começou a se apresentar em touradas, vaquejadas e circos de diversos tamanhos nos estados de Alagoas, Bahia e Sergipe. Ao seu lado, nos shows, estava sempre a filha Josinete.
Com o casamento de sua parceira nos shows, Josa ficou sem companhia nas apresentações e o destino mais uma vez lhe surpreendeu. Joseane, sua filha mais nova, que segundo Josa, "não cantava nem no banheiro", vendo a tristeza do pai, resolveu substituir a irmã.
JOSEANE – Cumprindo um outro ditado popular, "quem puxa aos seus, não degenera", Joseane, a filha mais nova, tornou-se a nova parceira de Josa nos shows realizados nos circos, touradas, vaquejadas, em cima de caminhões...
Depois de 11 anos acompanhando o pai, Joseane conquistou, em 1993, em um festival de teatro, o prêmio de cantora revelação. No ano seguinte, deu início à sua carreira solo, gravou seu primeiro disco, "Chamego de Menina" e recebeu o título de Musa do Forró. Joseane disse ao Portal InfoNet que entre os momentos marcantes de sua carreira, está "o convite de Zinho, o Mestre do Forró, para gravar o CD "Amigos" e fazer com ele uma temporada de shows em Maceió (AL)".
INESQUECÍVEL - Em relação a Josa, ela conta ao Portal InfoNet sobre a emoção de ter o pai sempre presente na sua carreira: "no início, era eu que ia para os shows dele, depois eu o trazia para participar dos meus". Há oito anos afastada dos palcos, Joseane, ouviu este ano, um pedido emocionado do pai: "Minha filha, a última coisa que lhe peço é que você não deixe de cantar".
Josa
José
Grigório Ribeiro, Josa, nascido na cidade de Simão Dias, se tornou um vaqueiro
muito famoso na região devido à habilidade na arte de amansar animais. Ele
também foi vendedor de frutas na feira da cidade, amansador de burro brabo,
militar e costureiro. Mas foi a arte de compor, cantar e tocar sanfona que
projetou Josa para o universo artístico e o transformou em um dos principais
nomes da cultura sergipana.
Por Silvia Lemos
Fonte: http://www.infonet.com.br
Vamos rimar?
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Agradeço ao infonet
Pelo registro que fez
De um homem sergipano
Porém senso bom fregues.
Sanfoneiro das antigas
Que animou nosso sertão
Cantando pra todo mundo
Do roceiro ao barão.
É um moço sergipano
Que começou lá no Rio
Conheceu Luiz Gonzada
O Rei-baião do Brasil.
A historia desse Josa
Que viveu em Simão Dias
Fez alegra todo o povo
De Sergipe, Alagoas e Bahia.
Devemos valorizar
Aos artista do sertão
Gente que fez alegra
A todo nosso povão.
O Josa foi esse homem
Que cantou a natureza
Falando da nossa fauna
E demonstrando presteza.
Falou bem do bem-te-vi
Do famoso beija-flor
La na sombra da jaqueira
Que preserva com amor.
Hoje descansa feliz
Num cantinho sergipano
Lá na sombra da jaqueira
Onde está há muitos anos.
Viva o nosso forrozeiro
Salve o nosso forrozão
Agradecemos bastante
Ao vaqueiro do sertão.
Homem simples, dedicado
Como a luz de uma lanterna
Mostrou como foi possível
Ter um boi com cinco pernas.
Vou ficando por aqui
agradecendo a você
Por ser nosso forrozeiro
Do jeito que deve ser...
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Hermano Alves
Poço Verde - SE
28.08.2012