UNIDOS PELA PRESERVAÇÃO

O futuro da natureza depende do que você faz agora. Ajude a cuidar de nossas árvores, dos nossos animais, das nossas flores, principalmente dos nossos rios, mares e lagos, eles são a preservação da vida na terra. Faça sua parte! Autor: Júlia Kranz Kniest

SEJAM BEM VINDOS!!!

domingo, 17 de abril de 2011

O NOSSO SERTÃO É ASSIM, ASSIM É O NOSSO SERTÃO

O NOSSO SERTÃO É ASSIM, ASSIM É O NOSSO SERTÃO




JEGUE OU JUMENTO
     O asno ou burro (Equus africanus asinus), também chamado jumento, jegue, jerico ou asno-doméstico é um mamífero perissodáctilo de tamanho médio, focinho e orelhas compridas, utilizado desde tempos pré-históricos como animal de carga. Os ancestrais selvagens dos asnos foram domesticados por volta de 5 000 a.C., praticamente ao mesmo tempo que os cavalos, e desde então tem sido utilizados pelos homens como animais de carga e montaria.
     No Brasil, o termo "burro" pode designar não a espécie Equus africanus asinus, mas o cruzamento entre essa espécie e a Equus ferus caballus (cavalo) quando resulta num animal de gênero macho, aquilo que em Portugal se designa como "macho"; quando esse mesmo cruzamento resulta num espécime fêmea, é designado como "mula".
       Os asnos se classificam dentro da ordem dos Perissodáctilos, e à família Equidae, à qual também pertencem os cavalos, pertencendo ambos a um únicogênero, os Equídeos (Equus).
Origem: Wikipédia,
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    Este é mais um dos meus modestos trabalhos que relata um pouco das coisas do nosso sertão. na minha trajetória de vida, aprendi a gostar das coisas campestres. Até mesmo porque nasci em meios rurais. e até este momento da minha idade não consegui esquecer do jeito sertanejo ou seja, dos costumes do homem do campo. sendo assim, todos os meus trabalhos literários são voltados para diversos temas relacionados ao meio ambiente e porque  não dizer a Natureza. O nosso Sertão é assim Assim é nosso Sertão, traz em forma de cordel alguns versos totalmente campestres. Se não cai no gosto do leitor, posso até pedir desculpas. Mas a minha intenção foi mostrar algumas palavras relacionadas ao TEMA. leia o cordel abaixo e comente sobre...






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O nosso sertão é assim, assim é o nosso sertão,
É um trabalho voltado para as coisas do meio rural
E o linguajar típico das coisas campestres.


Tempo nublado é sinal de chuva no sertão.
Para amenizar o verão, e cuidar da tão esperada plantação.

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O nosso Sertão é assim, assim é o nosso Sertão...
Poço Verde - Sergipe - Março de 2009
                           Hermano Alves
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Pequeno editorial


              Caros leitores:
    Este pequeno trabalho é mais um que coloco à disposição para ser lido e preservado por vocês. É do nosso conhecimento a frase que diz: “Santo de casa não faz milagres”. Com esse pensamento espero não fazer milagres, mas pedir um pouquinho do seu precioso tempo, e mostrar algumas frases interessantes no que diz respeito ao convívio das pessoas do campo (zona Rural).
     Não estranhem ao se depararem com palavras totalmente diferentes daquele costumeiro linguajar. Cada uma dessas palavras ensina-nos uma verdade e um grande desejo de se buscar fundamentos...

       30 lembretes  para o meu Dia-a-dia
1. Ocupar e proteger o meu espaço
2. Ser a pessoa que eu sou
3. Confiar inteiramente em mim
4. Viver o presente
5. Fazer ginástica
6. Ter coragem de mudar
7. Não perder tempo com bobagem
8. Respeitar o meu ritmo
9. Ficar próximo dos meus amigos
10. Celebrar a vida
11. Aproveitar as oportunidades
12. Sair da rotina
13. Apresentar coisas novas
14. Ser útil para alguém
15. Fazer algo pelos meus objetivos
16. Agir em vez de me queixar
17. Perdoar-me pelos erros
18. Viver ser frescura
19. Curtir o que estou fazendo
20. Sonhar
21. Sair do lugar comum
22. Insistir nas boas coisas
23. Defender os meus direitos
24. Rezar
25. Andar em alto astral
26. Realizar minhas fantasias
27. Experimentar algo novo
28. Simplificar as coisas
29. Levar uma vida saudável e feliz.
        30. Cuidar bem de mim.

.............................................................Vamos rimar?
 Vamos falar do passaro Tiziu?

O tiziu canta pulando
trazendo a sua alegrai
cantando fazendo festa
Mostrando a sua magia.

 Tiziu, pássaro do sertão 
Que canta saltitando
E assim vai levando
Anunciando o verão.


O tiziu


Cantado pula
Pra lembrar do meu sertão
No inverno canta mais
Gostoso é que ele faz
 Do preto a sua cor padrão.

          O tiziu

Mostra a sua alegria
Ao fazer salto mortal
É bem ágil quando pula
Num horário matinal.

           O tiziu
Transmite a sua alegra
Ao resto da passarada
Cantando e pulando sempre
Numa bela serenata.

        O tiziu
É assim que se transmite
Numa linguagem festiva
Mostrando a sua beleza
Numa forma divertida

Assim é o nosso sertão
De um poço verde produtivo
De um povo alegre e festivo
De um saudoso São João.

O nosso sertão é assim
Do Lobisomem que assusta
Da certeza absoluta
Que com o canto do vim-vim.

Assim é o nosso sertão
Do poço-verdense de luta
Que sabe até quanto custa
Uma boa produção.

Assim é o nosso sertão
Com árvores floridas
Pássaros que saltitam
O homem que acredita
Numa boa produção.

O nosso sertão é assim
Da linda vacada leiteira
Do abre e fecha da porteira
Da vida boa ou ruim.

Assim é o nosso sertão
Da broa de tapioca
Do milho que faz pipoca
Das corridas de mourão.

O nosso sertão é assim
Do uso do aribé
De seres de boa fé
Da palhaça do capim.

Assim é o nosso sertão
Da fé plena do rosário
Da vaca que trás chocalho
Da pinga do valentão.

O nosso sertão é assim
De gente que faz balaio
Do toque de um chocalho
Do bolo de aipim.

Assim é o nosso sertão
Do queijo de leite da cabra
Da linda vaca malhada
Da colheita do algodão.

O nosso sertão é assim
Do pó de café do pilão
Do leite que faz requeijão
Do gado posto no capim.

Assim é o nosso sertão
Do banho bom em gamela
Da velha porta com tramela
Da boa vida do barão.

Assim é o nosso sertão
Do forte leite da cabra
Do milagre da mangaba
Do sabor do requeijão.

O nosso sertão é assim
Da montada de cangalha
Da seca que atrapalha
Do doce de amendoim.

Assim é o nosso sertão
Da velha panela de barro
Do fumo que faz cigarro
Da reclamação do patrão.

O nosso sertão é assim
Do jegue que marca horas   
Da noticia que algora
Ditando assim um mau fim.


      Assim é o nosso sertão
Da fome sem rapadura
Do cantar da saracura
Das batidas do pilão.

O nosso sertão é assim
Da cacimba que abastece
Do devoto que agradece
A chuva no seu capim.

Assim é o nosso sertão
De gente que não pensou
De um dia ser doutor
Pra gerenciar o patrão.

O nosso sertão é assim
Do ofício do ferreiro
Do feijão posto no terreiro
Do rigor do sol sem fim.

Assim é o nosso sertão
Do Jeep e da Rural
Do eterno pica-pau
Do peba que cava o chão.

Assim é o nosso sertão
Da despalha de milho
Das espigas no atilho
Do caju e do mamão.

Assim é o nosso sertão
Do inverno que não chega
De uma vaca que fraqueja
Na seca longa do verão.

O nosso sertão é assim
Da rendeira que trabalha
Do produtor que batalha
Da reza ao meu padim.

Assim é o nosso sertão
Da pimenta malagueta
Da espingarda com vaqueta
Do verde camaleão.

O nosso sertão é assim
Da carne seda do bode
Do poderio de quem pode
Do milho feito pudim.

Assim é o nosso sertão
Da vacada que pasteja
Do cachorro que fareja
Do forte tom do trovão.

O nosso sertão é assim
Da briga de galo na rinha
Da velha casa de farinha
Do meio, começo e fim.

Assim é o nosso sertão
Do tareco e mariola
Do forró com radiola
E a batida de limão.

O nosso sertão é assim
Dom barril que puxa água
De gente que não tem mágoa
Que nada faz de ruim.

Assim é o nosso sertão
Do medo da assombração
Do luar que faz clarão
E da arranca do feijão.

O nosso sertão é assim
Do cantar do azulão
Do medo de lampião
Nas terras do meu padim.

Assim é o nosso sertão
De mulheres rendeiras
Rezadeiras, feiticeiras
Dançarinas ou faceiras
De bondoso coração.

Assim é o nosso sertão
De famílias bem roceiras
Dos simples mascates na feira
     Do homem que faz o pão.  
            
Assim é o nosso sertão
      Da batalha pela terra
      Do homem que não faz guerra 
Pra ter direito a um pão.

Assim é o nosso sertão
Do artesanato tecido
Do homem esclarecido
Que nunca sabe dizer não.

Assim é o nosso sertão
De cantores violeiros
Do pouco feijão no terreiro
Mas com muita empolgação.

Assim é o nosso sertão
Da cultura da batata
Do milho, amendoim e feijão.
Do homem que tira o leite
Pra fazer seu requeijão.

Assim é o nosso sertão
Do político sem compromisso
Que não se importa com isso
Só pensa na próxima eleição.  

O nosso sertão é assim
De gente que come palma
Causando bastante trauma
Ao nosso abastado barão.

O nosso sertão é assim
Do craque que joga bola
Do médico que às vezes enrola
Para atender mais clientes.

O nosso sertão é assim
Da água valorizada
Numa pequena cacimba
De rico que dribla o pobre
Sonhando chegar lá em cima.

O nosso sertão é assim
Do amor ao seu torrão
Da não fuga pra cidade
Temendo ter um patrão.

O nosso sertão é assim
       Do velho mandacaru
Da boa safra do imbu
Do cantar da passarada
Do vôo perfeito da inhambu.

O nosso sertão é assim
Das coisas contadas em versos
Do circo pago com ingresso
Por ser rabiscado por mim.

O nosso sertão é assim
De gente que passa fome
De homem que faz o nome
Explorando os semelhastes.

É assim o nosso sertão
De gente que pede terra
Sem tão pouco fazer guerra
Evitando a violência.

O nosso sertão é assim
Do São João bem animado
Do milho verde assado
Do bolo de aipim.

Assim é o nosso sertão
Da velha casa de farinha
Do vôo da andorinha
E das plumas do pavão.

O nosso sertão é assim
Da criança que trabalha
De pessoa que batalha
Sofrendo até mesmo assim.

Assim é o nosso sertão
De sertanejo feliz
Com aquilo que sempre quis
Sem patroa e sem patrão.

Assim é o nosso sertão
De gente que colhe pouco
Que até vive no sufoco
Mas com bastante humildade.

O nosso sertão é assim
De gente empobrecida
Sem oportunidade na vida
Migrando para as cidades.

Assim é o nosso sertão
De gente negra e cabocla
E até de pessoas loucas
Vivendo no abandono.

O nosso sertão é assim
De homem batalhador
Que nunca foi ao doutor
E mesmo assim tem saúde.

Assim é o nosso sertão
De gente pobre e honesta
Que vivem fazendo festa
E outros que passam fome.

O nosso sertão é assim
Às vezes de carro importado
Outros não têm o bocado
Vivendo passando fome.

Assim é o nosso sertão
Com festas de vaquejadas
Com queijo e até coalhada
E outros sem refeição.

O nosso sertão é assim
Do forte poçoverdense
Que ao sertanejo pertence
Do Jacuricir ao Bom fim.

       Assim é o nosso sertão
       Do homem que trabalha
       Labuta e batalha
       Pra não vender ilusão.

O nosso sertão é assim .
De gente que corta cana 
E outros que têm a fama
De não pagar o que deve.

Assim é o nosso sertão
De pessoas educadas
Que vivem preocupadas
Com uma justiça tão falha.

O nosso sertão é assim
Com histórias de cangaço
De gente que joga o laço
Tentando ganhar se voto.

Assim é o nosso sertão
De homem que corta palma
Onde a chuva sempre
Pra nascer um bom capim.

O nosso sertão é assim
De homens compromissados
De mulher que tange o gado
De um verão que não tem fim.

Assim é o nosso sertão
De criança no sisal
Daquele que faz o mal
Incentivando o trabalho.

O nosso sertão é assim                      
De homens que acordam cedo
Outros que até tem medo
De perder a mordomia.

Assim é o nosso sertão
De mulheres motoristas
Outras que até conquista
O espaço de um homem.

O nosso sertão é assim
Das mulheres na política
Do padre que até critica
Mas se envolve também.

Assim é o nosso sertão
Do velho cabeleireiro
Do tiá que faz novelo
Da feira de caminhão.

O nosso sertão é assim
Do crente que ora muito
Do morto que é defunto
Do tempo que não tem 

Assim é o nosso sertão
De árvores floridas e belas
Da oração na capela
Nos dias santificados.

O nosso sertão é assim
Do São João mais animado
Do ganhador de trocados
Da árdua luta pelo pão.

Assim é o nosso sertão
Do feijão de verde de corda
Do belo canto da codorna
E a trovoada com trovão.

O nosso sertão é assim
Da mulher que trança a rede
De outros que passam sede
Por não ter um pingo d’água.

Assim é o nosso sertão
Do camelô que batalha
Da roça que às vezes falha
Por não chegar chuva em tempo.

O nosso sertão é assim
Daquele político “quebrado”
No entanto preocupado
Em permanecer no poder.

Assim é o nosso sertão
Do servente de pedreiro
Da sanfona e o pandeiro
Do homem de opinião.

O nosso sertão é assim
Do cantor de serenata
Daqueles que catam latas
Enquanto povo festeja.

Assim é o nosso sertão
Da invernada tardia
Daquele que pensa um dia
Acertar na loteria.

O nosso sertão é assim
Da velha política rasteira
Da camisa com jibeira
Ou da pataca cruzada.

Assim é o nosso sertão
Da margarida que varre
Do homem que faz o pão
Do cigarro na carteira
Prejudicando o pulmão.

O nosso sertão é assim
Do menino carvoeiro
Que trabalha o dia inteiro
Sem ter tempo pra estudar.

Assim é o nosso sertão
Do trabalho e do progresso
Da viagem e do regresso
Ao sudeste do país.

O nosso sertão é assim
Da zabumba e do reisado
Do homem que vive ocupado
Na plantação do capim.

Assim é o nosso sertão
Do tareco e mariola
Do caju, da graviola.
Das festas de apartação.

O nosso sertão é assim
Do pobre eleitor de cabresto
Da conversa sem contexto
Do coronel tão ruim.

Assim é o nosso sertão
Da seriema que canta
Da seca que nos espanta
Do nosso belo torrão.

O nosso sertão é assim
Da vida difícil e honesta
Da serenata e da seresta
Do pé-de-moleque de amendoim.

O nosso sertão é assim               
Dos matos secos da caatinga
Da planta de sacatinga
       Da perda total do capim.

Assim é o nosso sertão
Das “estórias” de trancoso
Do pobre doente e leproso
Sem nenhuma atenção.

O nosso sertão é assim
Da peixeira e do punhal
Da vida no matagal
Daquele infeliz criminoso.

Assim é o nosso sertão
Do beiju de tapioca
Do milho que faz pipoca
E do homem sem patrão.

O nosso sertão é assim
Da cabra que dá o leite
Da fibra que faz tapete
Da bodega e botequim.

Assim é o nosso sertão
Da fonte que racha o fundo
Das voltas que dá o mundo
Do plantio de algodão.

O nosso sertão é assim
Da casinha de taipa
Da zabumba e a gaita
E da falta do capim.

Assim é o nosso sertão
Do bita sabido do bode
Do homem rico que pode
Do bote do gavião.

O nosso sertão é assim
Da farinhada festiva
Dos versos de Patativa
Mostrando um mudo sem fim.

Assim é o nosso sertão
Das festas de vaquejadas
Das secas antecipadas
No tenebroso verão.

O nosso sertão é assim
Daqueles que só destrói
De outros que até constroem
Pra nunca ficar ruim.

Assim é o nosso sertão
Da paiocinha de taipa
Do bom santinho da lapa
Do famoso São João.

O nosso sertão é assim
Da carne assada na brasa
De gente que não tem casa
Vivendo uma vida ruim.

Assim é o nosso sertão
Da turma do Rio Real
Da festa de carnaval
Do medo de Lampião.

O nosso sertão é assim
Da gente do São José
De boas pessoas de fé
Do Poço Verde ao Bom Fim.

Assim é o nosso sertão
Da altura do Ventoso
Do Barro até o Mimoso
 Da Barragem ao Cansanção.



O nosso sertão é assim
Da Jureminha ao Pindobal
Da Amargosa até Pombal
Do Mucambo ao Bom Jardim.

Assim é o nosso sertão
Do Cedro ao Tabuleirinho
Do Campestre ao Urubuzinho
Do Curtume ao Boqueirão.

O nosso sertão é assim
Do Pinhão ao Couro d’Ema
Da Sorocaba à Jurema
Da Malhadinha ao Saquinho.

O nosso sertão é assim
Do Junco ao Curralinho
Do Marco do Meio ao Tanquinho
Do Espinheiro ao Bom Jardim.

Assim é o nosso sertão
Do Poço Verde ao Pombal
Do plantio do milharal
Da colheita do feijão.

 O nosso sertão é assim
Do beiju de tapioca
Da planta da mandioca
Do louco pulo do sagüi

O nosso sertão é assim
Do milho que faz cuscuz
Do inglês que não traduz
Do bolo de aipim.

Assim é o nosso sertão
Da porcada no chiqueiro
Do uso do candeeiro
Nas noites de escuridão.

Assim é o nosso sertão
Do jumento sem preguiça
Do bom jantar com lingüiça
Da farofa e do feijão.

O nosso sertão é assim
Dos habitantes da roça
Às vezes numa palhoça
Sem mesmo achar ruim.

O nosso sertão é assim
De pessoas sorridentes
Nervosos ou pacientes
Com seus gados no capim.

O nosso sertão é assim
Da floresta desmatada
A construção de latadas
Causando um clima ruim.

Assim é o nosso sertão
De casas com camarinhas
Da criação de galinhas
Do peru, pato e pavão.

Assim é o nosso sertão
De homem batalhador
Que na doença é o doutor
Curando com suas plantas.

O nosso sertão é assim
Têm-se necessidades
Em vez de ir pra cidade
Resolvemos por aqui.

Assim é o nosso sertão
Do nascimento com parteira
Da bodega ao em vez de feira
E do vaqueiro com gibão.

O nosso sertão é assim
Da coalhada na cabaça
Da vacada na quiçaça
Do doce de amendoim.

Assim é o nosso sertão
Do padre que faz política
Do canto da saitica
Do vôo do gavião.

O nosso sertão é assim
Do beiju de mandioca
Do bolo de tapioca
Do pudim de aipim.

Assim é o nosso sertão
Do bicho de porco no pé
Do homem que cheira o rapé
Do fubá feito no pilão.

Assim é o nosso sertão                   .
Da água bebida na fonte        .
De uma estrada sem ponte             .
Nenhuma preocupação.   

.Assim é o nosso sertão
Onde a abelha faz o mel
O homem usa chapéu
No período de verão.

O nosso sertão é assim
Da montada com cangalha
Do morto com a mortalha
Do bondoso ou do ruim.
.
Assim é o nosso sertão
Da fraqueza da guiné
Do bicho de porco no pé
E do roncar do trovão.

O nosso sertão é assim
Da coalhada na bandeja
Do homem bom que festeja
A festa de um bom fim.

Assim é o nosso sertão
Do medo da forte seca
Da espingarda de vaqueta
Do cantar do azulão.

O nosso sertão é assim
Da ovelha santa Inês
Da bodega com freguês
Do pandeiro e tamborim.

Assim é o nosso sertão
Do belo fogão de lenha
Do leite após a ordenha
Da moda de violão.

O nosso sertão é assim
Da radiola festeira
Da mulher que tece esteira
Do jantar com aipim.

Assim é o nosso sertão
Da manhã que moem o milho
Das espigas no atilho
Do bom pirão de capão.

   O nosso sertão é assim
Da jovem que tece renda
Da comprinha lá na venda
Do vestido de cetim.
        
Assim é o nosso sertão
Da banheira de gamela
Do carro que atropela
Da arranca de feijão.

                     Caros leitores:

             Foi através de palavras rimadas, que contamos a história de um povo hospitaleiro. Pessoas que leva a sua simplicidade para onde quer que vá.

          É também com esse pensamento, que encerramos mais esta edição de um simples e modesto trabalho. Pensado e escrito por mim. Também colocada à vossa disposição.        Todas as palavras aqui escrita de próprio punho, têm caráter poético e de linguajar campestre. Portanto, não houve nenhuma correção oficial.
       Sendo assim, quero pedir desculpas se não vos agradou. Pois a simplicidade fez parte da minha vida e da minha caminhada. Por isso que as minhas modestas obras são também feitas de maneira simples, porém escritas com muito amor e respeito mútuo.            OBRIGADO!!!
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“Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso apenas ter disposição”.



“Em vez de amar teus inimigos, trata teus amigos um pouco melhor”.


“Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa”.
“Nós precisamos de arte para não morrer de verdade”.
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        “A Natureza é a arte de DEUS

                            GALINHA-D’ANGOLA – ave originária da África
Galiforme (Numida meleagris), dotada no alto da cabeça, dum capacete ósseo mais ou menos destacado sobre a pele desnuda, e de penas pretas com pintas brancas. (perfeitamente aclimatada no mundo inteiro, conserva, entretanto, resquícios da vida selvagem): o natural espantadiço e o hábito de nidificar longe do convívio com outros galináceos de capoeira. Conhecido também como: angola, galinha-da-Índia, galinha-da-numídia, galinha-da-guiné, angolinha, angolista, angulista, galinhola, capote, cocar, estou fraca, guiné, picoca, pintada, to-fraca, tô fraco.
  
Assim é o nosso sertão, o nosso sertão é assim...
Poço Verde – Sergipe
Março e Abril de 2009


 Hermano Alves

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