UNIDOS PELA PRESERVAÇÃO

O futuro da natureza depende do que você faz agora. Ajude a cuidar de nossas árvores, dos nossos animais, das nossas flores, principalmente dos nossos rios, mares e lagos, eles são a preservação da vida na terra. Faça sua parte! Autor: Júlia Kranz Kniest

SEJAM BEM VINDOS!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2011

AQUI NASCEU POÇO VERDE

AQUI NASCEU POÇO VERDE
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Um pouco da História contada em versos
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Aqui nasceu Poço Verde
Outubro de 2010
 Hermano Alves
Poço Verde - SE
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Apresentação


         De verso em verso, contarei uma historia encantadora, de uma cidade sertaneja que até a poucos tempos atrás viveu seus habitante dependendo de outra população. Esta dependência nascia nos domínios de Campos do Rio Real. Hoje Tobias Barreto. Graças ao tempo das leis favoráveis as mudanças de vilas para cidades brasileiras, passamos de dependente a independentes. Isto é, seguimos caminhando com as nossas próprias pernas.

                  
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Aqui nasceu Poço Verde

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Oferecimento

             É com prazer que ofereço esta pequeníssima obra a toda a minha família. E aos diversos amigos leitores e observadores dos meus simples trabalhos.



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Aqui nasceu Poço Verde

 Hermano Alves
Poço Verde – SE
Outubro de 2010




Começarei uma história
De uma cidade querida
Protegida e adorada
Jamais sendo esquecida

De verso em verso contarei
Um pouco da nossa gente
Porém de cabeça erguida
Tentando segui em frente.

Aqui nasceu Poço Verde
Isso eu posso garantir
Acredito na história
De quem viveu por aqui.
 





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Como já vos falei
Porém na apresentação
Vivemos numa cidade
Das quebradas do sertão.

Fomos até pouco tempo
Dominada e dependente
De outra cidade vizinha
De outra classe de gente.

Somos donos de um rio
Por isso temos alegria
Que divide os dois estados
Sergipe com a Bahia.

É uma Bacia famosa
No cenário nacional
É nosso, é poçoverdense.
O famoso Rio Real.

Nasce aqui, mas vai pra longe.
Até cair lá no mar
São quilômetros percorridos
Não sei como duvidar.

Ao final do seu destino
Passa por muitas cidades
Dividindo municípios
Cortando propriedades.

Regando fruticulturas
De uma forma natural
Tornando-se importante
No cenário nacional.

Sai daqui bem pequenino
Vai crescendo sem parar
Vai recebendo outras águas
Até cegar lá no mar.

Digo com tranqüilidade
Com firmeza e alegria
O nosso rio divide
Sergipe com a Bahia.

Pena que não é tratado
Como assim ele merece
Recebe muito dejeto
Que sua água apodrece.

Caem esgotos, fedentinas.
Pra levar pro oceano
Não deveria ser assim.
Em todos os meses do ano.

É o nosso patrimônio
Deveríamos tratar bem
Respeitar a natureza
Pra receber parabéns.

Não sabemos se acontece
Mas gostaríamos de ver
Um mundo igualitário
Pra todos poder viver.

Viver com dignidade
Sem guerra, sem aflição.
Com Jesus dentro do peito
Com o bom Deus no coração.

Ao falar da natureza
E citar o Rio Real
Fico emocionado
Pois não há coisa igual.

Nossas serras e montanhas
Que temos no Município
É esperança pra o homem
Pensar em grande principia.

Passando nas caraíbas
Talvez com grande emoção
Rumando à Simão Dias
Vemos grande elevação.

Serras formadas de terras
Totalmente devastadas
Ninguém não mais tem respeito
Que até parece piadas.

São os nossos patrimônios
Lá entregue a qualquer um
Ninguém exige respeito
Por objeto nenhum.

Também temos a barragem
Construída a peso de ouro
No governo de João Alves
E o Projeto Chapéu de couro.

Foi feita pra irrigar
Bons projetos que viriam
Mas ninguém levou a sério
Nem sabia o que queriam.

Foram tempos construindo
Só pensando no melhor
Pra gentes do amargoso
E para o seu arredor.

Ninguém nem se preocupou
Pensaram em lotear
Os terrenos que ganharam
Pra poderem trabalhar.

Nem plantaram, nem colheram.
Não fizeram plantação
Venderam todo terreno
Só pra pegar o tostão.

Não fizeram suas hortas
Que prometeram fazer
Nem quiserem plantar nada
Que servisse pra comer.

Não quiseram plantar nada
Nem tomar conhecimento
Não cultivaram cebola
Nem tão pouco um pé de coentro.

Saindo do Amargosa
Pra chegar a São José
Falaremos de outra obra
Pense lá como quiser.

Não sei qual foi o sentido
Planejado por aqui
Pra construir a barragem
Para às secas corrigir.

No inicio foi polêmico
Demorou mais um pouquinho
Mas afinal está pronta
Para o povo ribeirinho.

Às vezes fazem as coisas
Dizendo fazer o bem
Destruindo a Natureza
Sem agradar a ninguém.

Devastam a Natureza
Cortam árvores, matam bichos.
Sabendo fazer o mal
Não se preocupam com isto.

Talvez voltem replantando
Um pouco do que tirou
Mas não é nem um pouquinho
Do todo que devastou.

Deveria ser difícil
Conseguir vistos legais
Pra tirar nossas flores
E maltratando os animais.

Compraram muitas mudinhas
Plantaram só um pouquinho
Só Deus sabe o seu futuro
Ou se morrem no caminho.

Não há como preservar
Sem pensar na Natureza
Cortando já não conserva
A nossa silvestre beleza.


Construíram a barragem
No leito do Rio real
Destruindo suas matas
E a vegetação natural.

Onde estão os passarinhos,
Que viviam por ali?
Onde estão neste momento
O nambu e juriti?

Uma coisa eu vos digo
Agora neste momento
Ninguém quer voltar atrás
Pois não há ressentimento.

Fui lá, fui fazer visitas.
Vi tanta devastação
Vi as aves lamentando
Pois perdeu o seu torrão.

O rio também reclamava
Pela interrupção
Pelo seu impedimento
De seguir na direção.

Peixes e animais
Que viveram por ali
Ceifaram a liberdade
Já não podem prosseguir.

Assim digo com certeza
Com toda convicção
Destruir a Natureza
É ceifar uma nação.

Não sei como explicar
Este assunto palpitoso
Queria saber por quê
Saco do Camisa é Ventoso.

Será por estar bem perto
De uma grande elevação
Ou por estar situada
Nas caatingas do Sertão?

Saindo desse lugar
Chegarei a São José
Lá tem gente importante
Pessoas de muita fé.

Lá viveu Tonho de Nezinho
João Rozendo e Silvino
Kaika que partiu cedo
Sem dizer pra onde estava indo.

Batistas do futebol
Nos deu bastante alegria
Partiu deixando saudades
Pros amigos que fazia.

Foi à morte repentina
Com a moto que trazia
Foi-se um craque de bola
O que mais bem feito fazia.

Jogava no Confiante
Seu time do coração
Seus colegas não pensavam
Na partida sem razão.

Pra falar no que é bom
Sem pensar em nada mal
Pensaremos na fartura
De feijão e milharal.

Poço Verde é primeiro
Melhor que ele tem não.
Destaca-se na fartura
Da cultura de feijão.

Milho também nem se fala
Colhem grande produção
Juntinho com Simão Dias
São primeiros no sertão.

Mas não deixam de ser bons
De outras culturas também
Pois tudo que é plantado
Colhemos farturas também.

Do Brasil vêm as carretas
Cheios de atravessador
Pra comprar a produção
Que o poçoverdense plantou.

Levam lá para o sudeste
Nossa grande produção
Para vender à varejo
E ganhar um dinheirão.

Vemos tudo ir embora
Pois precisamos vender
Não temos nenhuma indústria
Não importam pra fazer.

Já que somos bem dotados
Construtor de alimentos
Poderíamos fabricar
Já durante muito tempo.

Políticos não se interessam
Com coisas da sua terra
Como dizia o poeta
Que o bom cabrito não berra.

Valoriza o outro lado
Aos forasteiros que vem
Carregar o nosso ouro
Desvaloriza o que tem.

Nas terras de Zé dos Santos
De Neto e de Zé Emidio
Ninguém sabe o porquê
Está havendo suicídio.

Aqui foi sempre rezado
Com fé em Sebastião
Com amor a Santa Cruz
Pelo povo do sertão.

Por isso é que não sabemos
O porquê de tanta morte
Se somos abençoados
E contamos com a sorte.

Graças ao bem que queremos
A todos deste lugar
Aos bons filhos desta terra
Aonde vim aqui morar.

Que mal estamos fazendo?
Que injustiça cometemos
Para que tanta injuria
No lugar onde vivemos!

É noticia nacional
São dias de agonia
São pais chorando saudosos
É casa que fica fazia.

Tanto olhar de penúria
Do povo deste sertão
Qual o mal que cometemos?
Aos nossos queridos irmãos!

Somos feitos de progresso
Somos bons de oração
Pedimos pra nos livrar
De uma grande traição.

São horas de pesadelos
Para Deus dos Céus livrar
Das horas de agonias
Do povo deste lugar.

Poço Verde está distante
Um pouco da capital
Com rodovias tão boas
Que parece ser legal.

Tem asfalto duplicado
Pistas com boa aparência
Bem moderno e construído
Com bastante aderência.

O sistema de transporte
Que Poço Verde oferece
É bastante eficiente
Porque o povo merece.

Quem viveu naquele tempo
De muita precariedade
Sabe o quanto ta moderno
O povo dessa cidade.

Se queremos viajar
Pras cidades que quiser
O transporte ta na porta
Ninguém mais anda de pé.

Vai e volta bem tranqüilo
Chega à hora que quiser
Nosso meio de transporte
Já sabemos como é.

Até pra Tobias Barreto
A cidadã dos tecidos
Tem transporte regular
Em horários escolhidos.

O Sistema Financeiro
Vai muito bem obrigado
Tem dois bancos pra atender
Deixando-nos abastados.

Tem o Banco do Brasil
Que serve a população
Oferecendo serviços
A o povo do sertão.

O Banese é do Estado
Bem serve a população
Oferecendo serviço
Ao nosso bom cidadão.

O povo do interior
Que chega nesta cidade
Encontram braços abertos
E muita felicidade.

Tem a feira que é aos sábados
Onde ali vende de tudo
Do legume ao tecido
E o caderno pra o estudo.

Vem gente de todo canto
Do interior ou cidades
Vem vender o que dispõem
Negociar de verdade.

Temos hoje o mercado
Onde era a CIBRAZÉM
Ali onde está a feira
No jeito que lhe convêm.

No esporte foi tão bom
Pra esta população.
Que causava até inveja
Ao esporte do sertão.

Até ouvimos falar
De gente que jogou bem
Do craque de Zé de Roberta
Aquém damos parabéns.

Já outros colegas nos dizem
Também fui bom no passado
Mas se falo em Zé Roberta
Ficam bem admirados.

Desse tempo para cá
Que o esporte evoluiu
Saiu daqui muita gente
Pra os times do Brasil.

É pena que os mais velhos
Não quiseram decolar
Só ficaram por aqui
Sem ir pra qualquer lugar.

Hoje o que falta é apoio
Pra os nossos jovens jogar
Falta campo, falta tudo.
Ninguém quer mais apoiar.

Olhe os muros como estão
Do campo que existia
Quanta alegria nos deu
Não dando mais hoje em dia.



Acredito que um dia
As coisas possam mudar
Façam campos, incentivem.
Aos nossos jovens jogar.

Enquanto vida esperança
Pois tudo pode mudar
Não quero morrer sem ver
A coisa modificar.

São boas as nossas festas
Da Santa Cruz e janeiro
Só nos falta o carnaval
Lá no mês de fevereiro.

Sem falar no São João
Uma festa arrojada
Vários dias de forró
Pra essa gente arretada.

São festas sem violência
Aqui não tem confusão
Nosso povo só quer paz
É costume do sertão.

Viver pra fazer o bem
Proteger o seu irmão
Sem pensar em violência
Nem cometer inflação. 
------------Política --------------

Quero falar de política
Mas sem generalizar
É obrigado no Brasil
Votar para alguém ganhar.

É dever de todos
Ir pra fila pra votar
Pra eleger um alguém
Habilitado a governar.

Aqui mesmo em Poço Vede
Temos dois partidos fortes
Com idéias na gaveta
Um chamado Boca Branca
E o outro de Boca Preta.

Na hora de escolher
Cada um procura um lado
Ganha aquele com mais voto
Ganha aquele mais votado.

Não sei qual o beneficio
Dessa tal nomenclatura.
Será para ganhar votos?
Ou mesmo por aventura?

Tentaram modificar
Em passada eleição
Chamando um de piaba
E o outro de tubarão.

A idéia não vingou
Deixaram isso de lado
Tudo isso começou
Nas eleições do passado.

A juventude não sabe
Qual o significado
Vota apenas pra cumprir
Tudo que foi acordado.

Quando a política é local
A disputa é maior
O povo vai para as ruas
Pra escolher o melhor.

Na véspera das eleições
No adiantado da hora
A corrida é muito grande
No município afora.

Correndo pra defender
Sua bela mordomia
Alguém que ta no poder
E não quer perder um dia.

O político nem se move
Deixa o povo correr
Pra defender o seu lado
Pois nunca querem perder.

Sai um carro, já vem outro.
Rodando no interior
Prometem mesmo o que pode
Pra conquistar o senhor.

Gente humilde e pacata
Que vive no interior
Recebem tantas propostas
Quem sabe nunca ganhou.

Há muito tempo passado
A coisa foi diferente
Nas casas de os políticos
Alimentava muita gente.

Animais eram abatidos
Fazendo muita fartura
Assim ganharia o voto
Com um taco de rapadura.

Lá no quintal dos políticos
Tinha hotel a céu aberto
Alguém só vinha comer
Nem sei se votava certo.

Às vezes dava seu voto
Pra quem não deu de comer
Sem ser culpa do eleitor
Talvez não soubesse ler.

Ainda por bico de pena
Votavam com emoção
Caminhavam sete léguas
Pra eleger um cidadão.

Vinham lá dos confins
Até num carro de boi
Para cumpri seu destino
Tormento que já se foi.

Hoje os poçoverdenses
Só votam por obrigação
Não anda nem um Km
A não ser num bom carrão.

Não haverá mais show-mício
Pois não pode haver gastança
Só mesmo muita conversa
Pra transmitir esperança.

Muita coisa acabou
Nos meios eleitorais
Até voto de cabresto
Quase não existem mais.

Às vezes nos encontramos
Com alguns apaixonados
Elogiando os políticos
Deixando o povo zangado.

É da sua obrigação
Construir, fazer projeto.
Zelar do dinheiro público.
Como melhor objeto.

Hoje está tudo moderno
Até na hora de votar
Basta procurar um número
E nas teclas apertar.

O tempo das cédulas passau
Do votinho com caneta
Hoje é fácil pra votar
Nesse moderno planeta.

O povão ia votar
Sem a cola na jibeira
Desde os tempos passados
De Seu João de Oliveira.

Hoje tudo mudou
Pode até levar a cola
O que vale é votar certo
Com idéias na cartola.

Se não fosse obrigatório
A votar neste Brasil
O povo jamais votaria
Em políticos sem perfil.


-----------Comércio -------


O comércio por aqui
Tem uma grande impulsão
Só quando chega o trabalho
De colheita do feijão.

Razoavelmente bom
Apesar da quebradeira
Nosso povo gosta mais
Dos produtos de primeira.

Se o Poço verde não oferta
Produtos de qualidade
Noutra praça já encontra
Pra comprar em quantidade.

Transporte não faltará
Para ir onde quiser
Aracaju ou Lagarto
Ventoso ou São José.

Temos fortes concorrentes
Ganhando o consumidor
Só falta mesmo dinheiro
Pra compra seja o que for.

Aqui mesmo em Poço Verde
Já compra tudo que quer
Do móvel ao alimento
Da roupa ao calçado do pé.

Para que se aperrear
Pra comprar em outra praça
Se o dinheiro é como fogo
Mas queima sem dá fumaça!

A feira é só no sábado
Lá compramos o bastante
A farinha e o feijão
Ou o corte de bramante.

Na linha de mercadinho
A concorrência é bacana
Não chega vender barato
Nem por preço de banana.

Parece fazer cartel
Combinando nas caladas
Os valores são iguais
Da unidade às toneladas.

Quem quer preços bem melhor
Sai daqui pra comprar fora
Basta ter muito dinheiro
E mesmo marcar a hora.

É assim é nosso comércio
E sem haver monopólio
Cada um vende o que quer
Café açúcar ou petróleo.

A concorrência é leal
Com oferta ou procura
Sem precisar correria
Pra não cometer loucura.

No verão ou no inverno
Na primavera ou outono
A turma aqui vive bem
Dorme bastante e tem sono.

Farmácia aqui tem bastante
Pra vender medicamento
Apostando nas doenças
Ganhando com o sofrimento.

Quando ninguém adoece
Os remédios vão sobrar
Ninguém compra ninguém vende
Assim ninguém vai ganhar.

Quanto mais existir surtos
De sarampo ou catapora
As farmácias vendem tanto
Que o farmacêutico ignora.

Quando ninguém adoece
A tristeza é geral
Não vende uma cibalena
Não vende uma melhoral.

Padarias têm bastante
E tem pão de qualidade
É alimento do povo
Da gente desta cidade.

Pão quentinho e da hora
Para qualquer preferência
É nosso de cada dia
E é de boa aparência.

Em fim, os comerciantes.
Desta progressiva cidade
Vende o suficiente
Com toda tranqüilidade.


-------Comunicação------

Houve um tempo em que aqui
Todo mundo estalou
Telefone em suas casas
Mas pouco tempo durou.

As taxas eram cobradas
Tendo mesmo que pagar
Às vezes um absurdo
Chegando ao povo irritar.

Assim foram retirando
Desinstalando então
Sem ter mais o telefone
E a comunicação.

Veio assim o celular
Para substituir
Esse tal de telefone
Que não pôde prosseguir.

Só mesmo o comerciante
E algumas residências
Ainda tem esse serviço
Com bastante consciência.

Temos torres de primeira
Pra captar o sinal
Do bom serviço que presta
De bom profissional.

Sonhamos com uma rádio
Pra ouvirmos melodias
Que seja informativa
E que nos dê simpatia.

_Cantores da Região_

Tem gente que ganha a vida
Cantando para alegrar
Até pra ganhar dinheiro
O cabra tem que suar.

Uns sua para fazer
O povo ficar feliz
Assim nos diz o poeta
Esse mesmo que vos diz.

Aqui tem muitos cantores
Que faz a turma alegrar
Transmitindo melodias
Em qualquer lugar que vá.

Tem feras na bateria
Em pandeiro e percussão
E outros bons de viola
Na sanfona ou violão.

Transmite felicidade
Cantando para alegrar
A aqueles que estão tristes
Talvez querendo chorar.

Mas se temos bons cantores
Baterista e sanfoneiro
Tem também outras funções
Pronta pra ganhar dinheiro.

Tempos bons, é de quadrilha.
Para quem sabe marcar
Cantando xotes animam
Quem ta pronto pra dançar.

Lembro-me de uma quadrilha
Que ainda hoje nos diverte
É aquela do Agrícola
É esperança do Nordeste.

Há outra no Valadares
Que nunca saiu do tom
Quem conhece elogia
Quadrilha Chamego Bom.



Algumas correm por fora
Mas tem lá seus elogios
Por vê-la se apresentar
Já nos casam arrepios.

O sertão é rico em tudo
Na cultura é bem dotado
Seu povo é instruído
Por isso são arretados.

Assim é o Poço Verde
Desses bravos sertanejos
Que tudo é por atacado
E nunca pelo varejo.

Aí vêm os zabumbeiros
Alegrar nossas novenas
Com a gaita e sua caixa
E com emoção as centenas.

No ventoso e Poço Verde
Tem bons profissionais
Aqui cito João de Jilo
Pelo trabalho que faz.

Cezinho fica contente
Quando ta tocando caixa
Assim facilita seu tempo
Assim a sua vida relaxa.

Sem contar com os artistas
Que tentam ganhar lá fora
A fama poçoverdense
Quando não dá vem embora.

Diferente do KAYKA
Que saiu sem nos dizer
A data que voltaria
E o que ia fazer.

Só avisou para Deus
Aonde iria chegar
E continuar a alegria
Que fazia ao cantar.

No dia que foi embora
Já tinha acertado festa
Pensando chegar mais longe
Naquela vidinha honesta.

Foram tanto os artistas
Que viveram por aqui
Alguns chegaram mais longe
Outros não puderam.

Temos muitos bateristas
Sanfoneiros e tudo mais
São pessoas bem tranqüilas
Com aspectos naturais.

Guitarristas ou violeiro
Temos tudo por aqui
Cantadores, repentistas.
Lutando pra conseguir.

Nas festas não tem espaço
Pois ainda não tem fama
Preferem bandas de fora
Pagando-lhes muita grana.

Preferem pagar fortunas
Às bandas do Ceará
Preferem torrar dinheiro
Com gente que vem de lá.

Por aqui tem bem melhor
Cantores da região
Mas não tem oportunidade
Perante esta multidão.

Vou parando por aqui
Agradecendo a atenção
Valorizando aos artistas
Da querida região.


-------Limitações Geográficas-------


Poço Verde se divide
Através do Rio Real
Com outras localidades
De limite natural.

Divide-se com a Ribeira
Paripiranga também
Com fronteiras liberadas
Pra quem vai e pra quem vem.

Com Campos do Rio Real
Hoje Tobias Barreto
Com vias pavimentadas
Sem haver nem um graveto.

Limita-se com Simão Dias
Fátima e Adustina
São coisas que admiro
Tem coisa que nos fascina.

No passado ou no presente
Até podemos lembrar
Do apelido que tínhamos
Alguém insistia em chamar.

Talvez espinhaço de jegue
Um nome feio pra chuchu
Deixavam-nos envergonhados
Perante as pessoas do sul.

Primeiro fomos fazenda
Verdinha até no verão
Depois fomos ser distrito
De uma certa região.

Fomos sempre dominados
Causando constrangimento
Mas fomos inteligentes
Até esbanjando talento.

Ser assim não é defeito
Mas também não é legal
Fomos postos em liberdade
Por uma lei Federal.

Através de um Deputado
Por nome Arnaldo Garcez
Em fim fomos logo libertos
Pois chegou a nossa vez.

Hoje estamos liberados
Pra viver em liberdade
Pra mostrar nossa potência
E a nossa capacidade.

Somos fortes sertanejos
Lutadores do sertão
Somos bons poçoverdenses
Resistentes do verão.

Poço verde tem história
Que todo mundo conhece
Na política ou no esporte
É o que o povo merece.

Alimentados com legumes
Pois somos bons produtores
Temos feijão com fartura
Até que venham os invasores.

Temos milho e feijão
E outros produtos mais
Aqui plantando tudo dá
Produzem todos iguais.

Dominados por uns tempos
Sem podermos caminhar
Só com a ordem de Campos
Vindo daquele lugar.

Fomos costela de jegue
Espinhaço, como queira.
Insistimos nessa historia
Por ela ser verdadeira.

Antonio Guedes quando veio
Habitar em nossa terra
Procurou fazer a paz
Porque não queria guerra.

Em regime pastoril
Só criando animais
O tempo passou de pressa
Coisas que não voltam mais.

Nascendo lá no Bomfim
Do outro lado do Real
Quase que era baiano
De um jeito natural.

Ainda não tinha gente
Pra morar neste lugar
Só mesmo os bons pastores
Vivendo a pastorear.

Mas depois de muito tempo
Veio a confirmação
Chegada de moradores
Pra viver neste sertão.

Veio até de Portugal
Lá da Ilha da Madeira
Pra deixar seus descendentes
E viver a vida inteira.

De família em família
Poço Verde foi enchendo
E crescendo até agora
Do jeito que estamos vivendo.

Do nosso primeiro Prefeito
Lembramos à vida inteira
Foi um homem competente
O Seu João de Oliveira

Para quem não conheceu
Seja qual for à razão
Ele era o pai de Tarcísio
Proprietário da Ki pão.

Antes de ser prefeito
Já fora até professor
Aos jovens desta cidade
Foi ele que ensinou.

Outra coisa importante
Aos nossos comerciantes
Ao chegar às quintas feiras
Negociavam bastante.

Rumavam pra o Rio Real
A fim de ganhar dinheiro
Não tinham tempo marcado
De janeiro a janeiro.

Um dia já me lembrei
De falar daquela feira
Isso não foge a lembrança
Pensamos a vida inteira.

Se tem gente por ali
Que dar mesmo pra lembrar
É do saudoso Lió
Ou mesmo do Edgar.

Hoje a coisa mudou
Ta um pouco desgastado
Destruindo os patrimônios
Até mesmo o mercado.

Hoje pra cortar carnes
Sem ter mais o seu mercado
Entraram numa cabina
Um lugar improvisado.

A Escola que existia
Como lembrança passada
Acharam de demolir
Para agora não ter nada.

No lugar dum chafariz
Que tanto serviu a gente
Hoje só resta o local
Está tudo diferente.

As praças ninguém concerta
Quando faz não tem cuidado
Quebram bancos, tiram tudo.
Para ver tudo quebrado.

Mas falando em povoado
Em momento apetitoso
Saímos do Rio Real
Em direção ao ventoso.
Ao falar deste lugar

É coisa que profetiza
Pois sua historia confunde
Com o saco do camisa.

Só não sei por que Ventoso.
Se não venta tanto assim
Será por to próximo à serra?
Que não chegaremos ao fim?

Ta lançado minha dúvida
Até alguém descobrir
E nos falar a verdade
O que houve por ali.

A beleza está no alto
Pra quem chega lá em cima
Quem não pode volta atrás
Ou mesmo até desanima.

Quem passa pra Simão Dias
Muito tarde o bem cedinho
Atravessa por inteiro
O longo tabuleirinho.

Fica próximo da divisa
Não devemos esquecer
Que o longo Tabuleirinho
É lugar bom pra viver.

É até desenvolvido
Tem tudo que precisamos
Do combustível ao mercado
E o que necessitamos.

Falei somente um pouquinho
De um poço verde querido
Daquele que nunca esqueço
Jamais será esquecido.

Vou ficando por aqui
Até quando Deus quiser
Com as graças do bom pai
A quem tenho muita fé.



                             Poço Verde

                                                        Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Município de Poço Verde
Bandeira de Poço Verde
Brasão de Poço Verde
BandeiraBrasão
Hino
Aniversário25 de novembro
Fundação1953
Gentílicopoço-verdense
LemaUm novo tempo
Prefeito(a)Antonio Dórea (PSB)
(20092012)
Localização
10° 42' 28" S 38° 10' 58" O
Unidade federativa Sergipe
MesorregiãoAgreste Sergipano IBGE/2008 [1]
MicrorregiãoTobias Barreto IBGE/2008 [1]
Municípios limítrofesSimão Dias e Tobias Barreto em território sergipano. Paripiranga,AdustinaFátimaHeliópolis eRibeira do Amparo em território baiano.
Distância até a capital145 km
Características geográficas
Área430,973 km² [2]
População21 968 hab. IBGE/2010[3]
Densidade50,97 hab./km²
Altitude268 m
ClimaSemi Árido
Fuso horárioUTC−3
Indicadores
IDH0,597 
médio PNUD/2000 [4]
PIBR$ 94 051,480 mil IBGE/2008[5]
PIB per capitaR$ 4 329,98 IBGE/2008[5]
                   Poço Verde é um município brasileiro do estado de Sergipe.

[editar]História

             O início da história de Poço Verde se dá a partir de 1609, quando Antonio Guedes adquiriu uma sesmaria. Estas terras, provavelmente abrangem todos os limites, desse município. A origem do nome Poço Verde está relacionada a um poço, situado na fazenda do Sr. Sebastião da Fonseca Dória, conhecida como Fazenda Poço do Rio Real. Após um período de estiagem (seca), permanecendo a sua superfície com uma vegetação verde, mudou-se o nome para "Fazenda Poço Verde", e mais tarde o povoado recebeu este nome. Sebastião da Fonseca Dória, é considerado um dos fundadores de Poço Verde, pois terras para a fundação de Poço Verde, foram doadas por ele. Em 1863, a povoação de Poço Verde começou a formar-se primitivamente à margem direita do RIO REAL, no ESTADO DA BAHIA, daí sendo, depois, transferida para o lado esquerdo do rio, no ESTADO DE SERGIPE devido a questão religiosa pois, pertencia quando na Bahia à Diocese de Jeremoabo, muito distante do povoado e com pouca assistencia por parte dos párocos. Ao se trasferir para Sergipe, ficou pertencendo a Diocese de Tobias Barreto, bem mais perto e portanto com muito mais assistencia de parocos. Por volta de 1923, foi criado o distrito de Poço Verde, passando a sua sede à categoria de Vila, em 1938 segundo as disposições da Lei Federal nº 311 de 2 de março de 1938. Pertencia o referido distrito ao município de Campos(hoje, TOBIAS BARRETO). Finalmente em 25 de novembro de 1953, foi criado o município de Poço Verde, desmembrado de Tobias Barreto passando automaticamente à categoria de cidade por força da Lei Federal nº 525 - A, de 25 de novembro de 1953.
           Hoje Poço Verde é o maior produtor de Feijão do Estado de Sergipe e o 12º do país sendo o 2º de milho no Estado.Também subsiste da pecuária existentes em várias zonas rurais.

[editar]Geografia

Localiza-se a uma latitude 10º42'30" sul e a uma longitude 38º11'00" oeste, estando a uma altitude de 268 metros. Sua população estimada em 2004 era de 21 157 habitantes.
Possui uma área de 380,7 km².




------Hermano Alves   Poço Verde - SE --------                  

2 comentários:

Anônimo disse...

só os poetas falam a respeito da nossa cidade.

Unknown disse...

procuro parentes de Manoel Batista Oliveira