Sisal
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O sisal (Agave sisalana, família Agavaceae)
É uma planta utilizada para fins comerciais.
O Agave sisalana é cultivado em
regiões semiáridas. No Brasil, os principais produtores são os estados da Paraíba e
da Bahia,
neste último, especialmente na região sisaleira, onde está localizado o maior
polo produtor e industrial do sisal do mundo, as cidades de Santaluz,
Queimadas, Valente, Retirolândia, São Domingos e Conceição do Coité.
Em Valente, encontra-se uma das maiores
indústrias têxteis de sisal do mundo, a APAEB. produzindo
carpetes, tapetes, capachos e fios.
Em Conceição do Coité encontram-se as principais
batedeiras e indústrias de beneficiamento da fibra de sisal, destacando-se a
HR, Cotesi, Sisalgomes, Sisaex e Fibraex, que além do beneficiamento da fibra,
produzem fios e cordas de sisal, que são exportados para diversos países.
Santaluz foi a primeira cidade a investir no
plantio em grande escala para a comercialização, tendo em sua principal praça
um busto do primeiro cidadão que plantou a muda na cidade, tendo as maiores
batedeiras de sisal da Bahia nas décadas de 60, 70, 80 e 90; destaca-se a
batedeira de Luiz Campelo LTDA Falida em 1990.
As cordarias destas empresas, em seu auge chegou
a exportar o ouro nordestino para países como EUA, Africa, e frança.
Do sisal, utiliza-se principalmente a fibra das folhas que,
após o beneficiamento, é destinada majoritariamente à indústria de cordoaria
(cordas, cordéis, fios, tapetes etc.).
O sisal é uma planta originária do México. Os
primeiros bulbilhos da Agave sisalana foram introduzidos na
Bahia, em 1903, pelo Comendador Horácio Urpia Júnior nos municípios
de Madre de Deus e Maragogipe, trazidos provavelmente da Flórida, através de
uma firma americana, foi difundido inicialmente no estado da Paraíba e somente
no final da década de 30 na Bahia. Atualmente o Brasil é o maior produtor de
sisal do mundo e a Bahia é responsável por 90% da produção da fibra nacional.
O sisal teve seu apogeu econômico durante a
Crise do Petróleo nas décadas de 60 e 70. A utilização das fibras sintéticas,
porém a necessidade de preservação da natureza e a forte pressão dos grupos
ambientalistas vem contribuindo para o incremento da utilização de fios naturais.
O ciclo de transformação do sisal em fios
naturais tem início aos 3 anos de vida da planta, ou quando suas folhas atingem
até cerca de 140 cm de comprimento que podem resultar em fibras de 90 a
120 cm. As fibras representam apenas 4 a 5% da massa bruta da folha do
sisal. As folhas são cortadas a cada 6 meses durante toda vida útil da planta
que é de 6/7 anos. Ao final do período é gerada uma haste (inflorescência), a
flecha, onde surgem as sementes de uma nova planta. Uma característica da
família é que a planta morre após gerar as sementes.
O sisal pode ser colhido durante todo o ano:
para isto ser possível, não são destacadas do caule as folhas
mais novas.
É uma planta resistente à aridez e ao sol
intenso do sertão nordestino. É a fibra vegetal mais
dura que existe.
Produtos derivados
Os principais produtos são os fios biodegradáveis
utilizados em artesanato; no enfardamento de forragens; cordas de várias
utilidades, inclusive navais; torcidos, terminais e cordéis. O sisal também é
utilizado na produção de estofos; pasta para indústria de celulose; produção de
tequila; tapetes decorativos; remédios; biofertilizantes; ração animal; adubo
orgânico e sacarias. As fibras podem ser utilizadas também na indústria
automobilística, substituindo a fibra de vidro.
Uma fibra sintética demora até 150 anos para se
decompor no solo, enquanto a fibra do sisal, em meses, torna-se um fertilizante
natural. Que é produzido no estado da Bahia.
Regiões de plantio e comércio
Atualmente a Tanzânia, Quênia, Uganda (África
Oriental) e Brasil,
fazem parte dos maiores cultivadores de sisal do mundo. Também são de destaque
os países: Angola, México e
Moçambique.
Muitas plantas de sisal no nordeste são queimadas, o que prejudica a população
e o meio ambiente.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.