Algaroba (Prosopis
juliflora)
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A algarobeira - Prosopis
juliflora (Sw) DC - é uma espécie vegetal arbórea da família Fabaceae
(leguminosae), subfamília Mimosodae. É conhecida também pelos nomes algaroba
ou algarobo. Espécie pouco exigente em água, natural de zonas tropicais
áridas, que não chegam a alcançar índices de 100 mm. É estimada pelos moradores do
nordeste brasileiro, sendo usada tanto para alimentação dos animais
quanto para alimentação humana. Devido a pequena exigência em água, comprovada
capacidade de se desenvolver em solos de baixa fertilidade e de condições
físicas imprestáveis a outras culturas, ganhou a alcunha no meio rural
nordestino, de "planta mágica". Seus frutos em forma de vagens são coméstiveis e
palatáveis, com alto teor de Sacarose.
Características
É uma árvore da família das leguminosas com altura
que varia de 4 a 8m, embora em condições ideais possa chegar a 18m. Vegeta
desde o nível do mar até 1.500m de altitude, em locais com precipitações entre
150 e 750 milímetros de chuvas por ano. Inicia-se a frutificação aos dois anos.
História
Originária do deserto do Piúra, no Peru e
introduzida no Brasil na década de 40, adaptou-se muito bem à região da caatinga.
Nordeste brasileiro
As sementes da algarobeira foram introduzidas no
nordeste brasileiro em 1942,
no município de Serra Talhada, sertão de Pernambuco, por intermédio da
Secretaria de Agricultura deste estado, por recomendação de J. B. Griffing,
diretor da Escola Superior de Agricultura de Viçosa (Minas Gerais). Ao passar
pelo Peru, Griffing havia descido no aeroporto de Piura, uma região desértica
próxima aos Andes, e ficou admirado com o arbusto que permanecia verde, apesar
das poucas chuvas que caíam por ali. Griffing então colheu 34 sementes e as
trouxe para o Brasil. Ao passar pelo Recife mostrou-as ao governador Agamenon Magalhães, que mandou plantá-las na
Estação Agrícola Experimental de Serra Talhada (PE). As sementes foram
plantadas pelo agrônomo Laurindo Albuquerque e as primeiras mudas tiveram o
cuidado do agrônomo, Lauro Bezerra, que as transportou para o local definitivo.
Devido a sua excelente adaptação às regiões áridas e semi-áridas, a planta se
espalhou por todos os estados do nordeste brasileiro, chegando até a ser
considerada agressiva ao ambiente nativo em alguns lugares. Apesar disso , a
espécie é muito estimada pelo nordestino.
A falta de Controle da Algarrobeira Ameaça a Biodiversidade da Caatinga
A contaminação biológica ou invasão biológica é uma
das principais causas da perda de biodiversidade atualmente no planeta. A algarobeira
é originária do Peru. No Brasil ela é uma espécie exótica, ou seja, não existia
ali no passado e não co-evoluiu com as espécies nativas, por isso não possui
inimigos naturais para controlar sua reprodução e crescimento.
Isto somado ao fato da espécie ter capacidade de
desenvolver-se em ambientes secos faz dela uma Espécie Exótica Invasora, que
ameaça da biodiversidade da Caatinga.
Estudos científicos concluem que a algarrobeira (P. juliflora) forma densos maciços populacionais e compete com
as espécies nativas, afetando severamente a composição florística, a
diversidade e a estrutura das comunidades autóctones invadidas. Seu desenvolvimento
sem controle ameaça a biodiversidade autóctone da caatinga e ecossistemas
associados, incluindo espécies da fauna endêmica,
como o tatu bola.
Cientistas ressaltam a evidente necessidade de controle da referida invasora,
que ora ameaça a biodiversidade autóctone da caatinga e ecossistemas
associados, pois no semi-árido nordestino as áreas invadidas por algaroba já
ultrapassam um milhão de hectares.
Referências
Universidade
Federal da Paraíba, URL acessada em 5 de Setembro de 2011
Embrapa,
URL acessada em 5 de Setembro de 2011
Ziller,
Silvia. . "Plantas
exóticas invasoras: a ameaça da Contaminação Biológica.".
Ciência Hoje, Dezembro 2001. Visitado em 17/01/2015.
Pegado,
Cláudia Maria Alves. . "Efeitos da
invasão biológica de algaroba - Prosopis juliflora (Sw.) DC. sobre a composição
e a estrutura do estrato arbustivo-arbóreo da caatinga no Município de
Monteiro, PB, Brasil". Acta bot. bras. 20(4): 887-898. 2006.
Visitado em 17/01/2015.
Andrade,
Leonaldo Alves de. . "Invasão
biológica por Prosopis julifl ora (Sw.) DC.: impactos sobre a diversidade e a
estrutura do componente arbustivo-arbóreo da caatinga no estado do Rio Grande
do Norte, Brasil". Acta Botanica Brasilica 23(4): 935-943.
2009. Visitado em 17/01/2015.
Andrade, Leonaldo Alves de. . "Impactos da
invasão de Prosopis juliflora (sw.) DC. (Fabaceae) sobre o estrato
arbustivo-arbóreo em áreas de Caatinga no Estado da Paraíba, Brasil".
Acta Scientiarum. Biological Sciences - Maringá, v. 32, n. 3, p. 249-255, 2010.
DOI:10.4025/actascibiolsci.v32i3.4535.
Visitado em 17/01/2015.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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