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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SAI AS PLANTAS NATIVAS E CHEGAM AS ALGAROBAS

Algaroba  (Prosopis juliflora)


http://www.focadoemvoce.com/caatinga/fotos/algaroba3.jpg
Foto da Internet

A algarobeira - Prosopis juliflora (Sw) DC - é uma espécie vegetal arbórea da família Fabaceae (leguminosae), subfamília Mimosodae. É conhecida também pelos nomes algaroba ou algarobo. Espécie pouco exigente em água, natural de zonas tropicais áridas, que não chegam a alcançar índices de 100 mm. É estimada pelos moradores do nordeste brasileiro, sendo usada tanto para alimentação dos animais quanto para alimentação humana. Devido a pequena exigência em água, comprovada capacidade de se desenvolver em solos de baixa fertilidade e de condições físicas imprestáveis a outras culturas, ganhou a alcunha no meio rural nordestino, de "planta mágica". Seus frutos em forma de vagens são coméstiveis e palatáveis, com alto teor de Sacarose.
Características
É uma árvore da família das leguminosas com altura que varia de 4 a 8m, embora em condições ideais possa chegar a 18m. Vegeta desde o nível do mar até 1.500m de altitude, em locais com precipitações entre 150 e 750 milímetros de chuvas por ano. Inicia-se a frutificação aos dois anos.
História
Originária do deserto do Piúra, no Peru e introduzida no Brasil na década de 40, adaptou-se muito bem à região da caatinga.
Nordeste brasileiro
As sementes da algarobeira foram introduzidas no nordeste brasileiro em 1942, no município de Serra Talhada, sertão de Pernambuco, por intermédio da Secretaria de Agricultura deste estado, por recomendação de J. B. Griffing, diretor da Escola Superior de Agricultura de Viçosa (Minas Gerais). Ao passar pelo Peru, Griffing havia descido no aeroporto de Piura, uma região desértica próxima aos Andes, e ficou admirado com o arbusto que permanecia verde, apesar das poucas chuvas que caíam por ali. Griffing então colheu 34 sementes e as trouxe para o Brasil. Ao passar pelo Recife mostrou-as ao governador Agamenon Magalhães, que mandou plantá-las na Estação Agrícola Experimental de Serra Talhada (PE). As sementes foram plantadas pelo agrônomo Laurindo Albuquerque e as primeiras mudas tiveram o cuidado do agrônomo, Lauro Bezerra, que as transportou para o local definitivo. Devido a sua excelente adaptação às regiões áridas e semi-áridas, a planta se espalhou por todos os estados do nordeste brasileiro, chegando até a ser considerada agressiva ao ambiente nativo em alguns lugares. Apesar disso , a espécie é muito estimada pelo nordestino.
A falta de Controle da Algarrobeira Ameaça a Biodiversidade da Caatinga
A contaminação biológica ou invasão biológica é uma das principais causas da perda de biodiversidade atualmente no planeta. A algarobeira é originária do Peru. No Brasil ela é uma espécie exótica, ou seja, não existia ali no passado e não co-evoluiu com as espécies nativas, por isso não possui inimigos naturais para controlar sua reprodução e crescimento.
Isto somado ao fato da espécie ter capacidade de desenvolver-se em ambientes secos faz dela uma Espécie Exótica Invasora, que ameaça da biodiversidade da Caatinga.
Estudos científicos concluem que a algarrobeira  (P. juliflora) forma densos maciços populacionais e compete com as espécies nativas, afetando severamente a composição florística, a diversidade e a estrutura das comunidades autóctones invadidas. Seu desenvolvimento sem controle ameaça a biodiversidade autóctone da caatinga e ecossistemas associados,  incluindo espécies da fauna endêmica, como o tatu bola. Cientistas ressaltam a evidente necessidade de controle da referida invasora, que ora ameaça a biodiversidade autóctone da caatinga e ecossistemas associados, pois no semi-árido nordestino as áreas invadidas por algaroba já ultrapassam um milhão de hectares.
Referências
  Universidade Federal da Paraíba, URL acessada em 5 de Setembro de 2011
    Embrapa, URL acessada em 5 de Setembro de 2011
    Ziller, Silvia. . "Plantas exóticas invasoras: a ameaça da Contaminação Biológica.". Ciência Hoje, Dezembro 2001. Visitado em 17/01/2015.

  Andrade, Leonaldo Alves de. . "Impactos da invasão de Prosopis juliflora (sw.) DC. (Fabaceae) sobre o estrato arbustivo-arbóreo em áreas de Caatinga no Estado da Paraíba, Brasil". Acta Scientiarum. Biological Sciences - Maringá, v. 32, n. 3, p. 249-255, 2010. DOI:10.4025/actascibiolsci.v32i3.4535. Visitado em 17/01/2015.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.



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