Dieffenbachia
seguine
Ou
comigo-ninguém-pode
Dieffenbachia seguine (Jacq.) Schott, conhecida pelos nomes comuns
de comigo-ninguém-pode
e aningapara,
É uma planta da família das Araceae muito apreciada como
ornamental de interiores, dada a sua tolerância à baixa luminosidade ambiente e
baixa umidade relativa do ar.
Produz grandes folhas variegadas, com vários tons de verde e
amarelo, lustrosas e duradouras, o que o torna muito interessante em decoração
de interiores. Em algumas regiões do mundo, a sua popularidade como planta
doméstica é acrescida devido à fama que a planta leva de "espantar o
mau-olhado e maus-espíritos"
Etimologia
"Comigo-ninguém-pode" é uma alusão à toxicidade da
planta. "Aningapara" é oriundo da junção dos termos tupis aninga,
"aninga" e a'para, "recurvado".
Descrição
Suas folhas vistosas atraem a atenção das crianças, em
especial daquelas na fase de engatinhar. Elas costumam levar pedaços do vegetal
à boca. Nas folhas e no caule dessa planta, porém, ocorrem células
especializadas chamadas idioblastos, que guardam uma grande quantidade de
pequenos cristais de oxalato de cálcio em forma de agulhas.
Esses cristais recebem o nome de ráfides e são responsáveis
por grande parte da toxicidade do vegetal. Quando a criança leva a planta à
boca e a mastiga, os idioblastos injetam as ráfides nos lábios e na língua da
criança, provocando uma grande irritação mecânica caracterizada por dor intensa
e inchaço.
Segundo alerta publicado no Jornal da Sociedade Brasileira
de Dermatologia, o oxalato de cálcio, substância presente no
comigo-ninguém-pode, ao ser ingerido, pode provocar edema na garganta, levando
à asfixia e, em casos extremos, até à morte.
Nos Estados Unidos, o comigo-ninguém-pode é conhecido como
dumbcane ("cana de mudo"), pois muitos pacientes perdem
temporariamente a capacidade da fala devido à obstrução das vias aéreas
superiores causada pelo processo inflamatório desencadeado pelos cristais
(ráfides).
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