Ipê amarelo. A cor dourada do Brasil.
Nome cientifico: Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex A.DC.)Standl.
Família: Bignoniaceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, cercas, molduras, postes, tábuas, rodapés, etc. espécie muito utilizada pelo paisagismo urbano.
Coleta de sementes: diretamente da árvore quando começar a abertura espontânea dos frutos.
Época de coleta de sementes: outubro a novembro.
Fruto: legume deiscente.
Flor: amarela.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Observação: semear logo após a coleta, pois perde rapidamente poder de germinação. A cobertura das sementes nas sementeiras deve ser uma fina camada com substrato leve.
Autora: Miriam Prochnow.
Colaboração: Geraldine Maiochi e Tatiana Arruda Correia.
Colaboração: Geraldine Maiochi e Tatiana Arruda Correia.
O ipê-amarelo é encontrado em todas as regiões do Brasil e sempre chamou
a atenção de naturalistas, poetas, escritores e até de políticos. Em 1961, o
então presidente Jânio Quadros declarou o ipê-amarelo, da espécie Tabebuia
vellosoi, a Flor Nacional. Desde então o ipê-amarelo é a flor símbolo de
nosso país.
Os ipês pertencem à família das Bignoniáceas, da qual também faz parte o
jacarandá, e ao gênero Tabebuia (do tupi, pau ou madeira que flutua), embora
sejam de madeira muito pesada para flutuar. Tabebuia era, na verdade, o nome
usado pelos índios para denominar a caixeta (Tabebuia cassinoides), uma
árvore de madeira leve da região litorânea do Brasil, muito usada hoje na
fabricação de artesanatos, instrumentos musicais, lápis e vários outros
objetos.
Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda, e é o
nome popular usado para designar um grupo de nove ou dez espécies de árvores
com características semelhantes de flores brancas, amarelas, rosas, roxas ou
lilás. No Norte, Leste e Nordeste do Brasil, são mais conhecidos como pau d’arco (os indígenas utilizavam a madeira para fazer arco e flecha); no
Pantanal, como peúva (do tupi, árvore da casca); e, em algumas regiões de Minas
Gerais e Goiás, como ipeúna (do tupi, una = preto). Na Argentina e Paraguai ele é conhecido como
lapacho.
De forma geral os ipês ocorrem principalmente em florestas tropicais,
mas também podem aparecem de forma exuberante no Cerrado e na Caatinga. A Tabebuia
chrysotricha é uma das espécies nativas de ipê-amarelo que ocorre na
Mata Atlântica, desde o Espírito Santo até Santa Catarina. Este nome científico
(chrysotricha) é devido à presença de densos pêlos cor de ouro nos ramos novos.
Tem como sinonímias Botânicas: Tecoma chrysotricha e Handroantus
chrysotrichus.
Conhecidos por sua beleza e pela resistência e durabilidade de sua
madeira, os ipês foram muito usados na construção de telhados de igrejas dos
séculos XVII e XVIII. Se não fosse pelos ipês, muitas dessas construções teriam
se perdido com o tempo. Até hoje a madeira do ipê é muito valorizada, sendo
bastante utilizada na construção civil e naval.
Hoje é muito difícil encontrar uma árvore de ipê-amarelo em meio à mata
nativa, quando isso acontece, o espetáculo é grandioso e merece ser apreciado
com calma e reverência. Podendo atingir até 30 metros de altura, o ipê em flor
no meio da mata, contrasta com o verde das outras árvores.
As variedades de pequeno e médio porte (8 a 10 metros) são ideais para o
paisagismo e a arborização urbana. A coloração das flores produz um belíssimo
efeito tanto na copa da árvore como no chão das ruas, formando um tapete de
flores contrastantes com o cinza das cidades.
Não é a toa ter inspirado tantos poetas.
Ontem floriste como por encanto,
sintetizando toda a primavera;
mas tuas flores, frágeis entretanto,
tiveram o esplendor de uma quimera. Como num sonho, ou num conto de fada,
se transformando em nívea cascata,
tuas florzinhas, em sutil balada,
caíam como se chovesse prata…
(Sílvio Ricciardi)
sintetizando toda a primavera;
mas tuas flores, frágeis entretanto,
tiveram o esplendor de uma quimera. Como num sonho, ou num conto de fada,
se transformando em nívea cascata,
tuas florzinhas, em sutil balada,
caíam como se chovesse prata…
(Sílvio Ricciardi)
Sendo uma espécie caducifólia, o período da queda das folhas coincide
com a floração que se inicia no final do inverno. Quanto mais frio e seco for o
inverno, maior será a intensidade da florada do ipê amarelo. As flores desta
espécie atraem abelhas e pássaros, principalmente beija-flores que são
importantes agentes polinizadores.
As mudas de ipê, sejam amarelos,
roxos, rosas, brancos ou verdes, estão entre as mais procuradas no viveiro
Jardim das Florestas. Essas espécies também são muito utilizadas pela Apremavi
nos projetos de restauração florestal.
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